O presidente da República, Jair Bolsonaro, afastou ontem preocupações com a intenção do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aumentar tarifas sobre aço e alumínio produzidos no Brasil e na Argentina, como forma de compensar o aumento das cotações do dólar ante as moedas desses países. “Eu te pergunto: já foi sobretaxado (sic) aço e alumínio? Então não tem o que discutir”, se resumiu a dizer o presidente.
Trump escreveu no Twitter no último dia 2 sobre sua determinação em aumentar tarifas sobre aço e alumínio de Brasil e Argentina, como forma de compensar a desvalorização da moeda desses países. A proximidade com Trump é frequentemente apontada pelo governo brasileiro como uma conquista da gestão Bolsonaro.
O presidente brasileiro já havia dito que não está decepcionado com Trump, pois o aumento de tarifa sobre aço e alumínio ainda não se concretizou. “Não tem decepção porque não bateu o martelo ainda. Não é porque um amigo meu falou grosso numa situação qualquer que eu já vou dar as costas para ele”, disse Bolsonaro, na semana passada.
Ele negou que o país esteja desvalorizando artificialmente o real. “O mundo está globalizado, a própria briga comercial (entre) Estados Unidos e China influencia o preço do dólar aqui.” “Agora, somos pobres na história. Nós estamos com bodoque, estilingue, os caras estão com uma 50, tá certo?”.