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Estado de Minas ATIVIDADE ECONÔMICA

PIB da construção civil deve crescer 2% em 2019


postado em 06/12/2019 04:00

Resultado positivo coloca fim a um ciclo de retração que perdurou entre 2014 a 2018, quando o PIB setorial encolheu 30%(foto: JUAREZ RODRIGUES/EM/D.A PRESS %u2013 10/2/14 )
Resultado positivo coloca fim a um ciclo de retração que perdurou entre 2014 a 2018, quando o PIB setorial encolheu 30% (foto: JUAREZ RODRIGUES/EM/D.A PRESS %u2013 10/2/14 )


São Paulo – A atividade econômica da construção civil vai fechar o ano em alta pela primeira vez após cinco anos consecutivos de queda. A perspectiva é que o Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil cresça 2% em 2019. Até o fim do terceiro trimestre, a alta já havia alcançado 1,7%. Esse resultado positivo coloca fim a um ciclo de retração que perdurou entre 2014 a 2018, quando o PIB setorial encolheu 30%. Os dados foram divulgados ontem pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O avanço do PIB da construção neste ano está sendo puxado, essencialmente, pelo consumo das famílias, enquanto as atividades empresariais ficaram em segundo plano. O levantamento mostrou que a previsão de alta de 2% do PIB da construção em 2019 será composta por: autoconstrução e reformas (3%), serviços especializados para obras (2,5%) e infraestrutura (1%). "Quem puxa o crescimento do setor continua sendo o consumo das famílias por meio da autoconstrução, seja de reformas ou obras novas", destacou a coordenadora de estudos da construção da FGV, Ana Maria Castelo.

Ela apontou que o segmento de infraestrutura tem um crescimento muito baixo, pois há poucas obras de grande porte em andamento, dada a falta de recursos nos cofres públicos. Já o setor de edificações, que inclui os prédios residenciais e comerciais, ainda não decolou. Ana Maria Castelo explicou que o reaquecimento do mercado imobiliário ainda está concentrado em poucas praças, como a cidade de São Paulo. "Esse mercado está bombando em São Paulo, mas no restante do país a magnitude da retomada ainda é variada", ponderou.

Em fevereiro, o Sinduscon e a FGV anunciaram a perspectiva de que o PIB da construção iria crescer 2% em 2019, mas, em maio, revisaram a projeção para 0,5%, em meio às notícias de revisão para baixo do PIB nacional. Agora, voltaram a elevar para 2%. Segundo pesquisador, o resultado de 2019 surpreendeu. "O ano começou mal. Mas a partir do segundo trimestre, vimos sinais positivos de alguns setores. O principal deles foi o de consumo das famílias. A liberação dos saques do FGTS tem tido uma força vigorosa", destacou.

O presidente do Sinduscon-SP, Odair Senra, também celebrou a reviravolta. "A percepção é de que a crise do setor ficou para trás", analisou. Com a melhora da atividade, a quantidade de pessoas empregadas na construção civil cresceu 1,59% na comparação dos 10 primeiros meses de 2019 com o mesmo período de 2018, com a abertura de 36,5 mil postos de trabalho. No fim de outubro, o setor empregava 2,410 milhões de trabalhadores com carteira assinada.

Projeção 

Para 2020, a projeção é que o crescimento do PIB da construção seja de 3%, mostrando uma aceleração na comparação com 2019. A expectativa é de que o consumo das famílias continue como a principal força da retomada da economia, inclusive do setor da construção. Além disso, o presidente do Sinduscon prevê que a atividade setorial ganhará força assim que os estandes dos novos empreendimentos imobiliários residenciais se transformarem em obras, fomentando uma movimentação mais intensa de trabalhadores, insumos e serviços. "As perspectivas são de um crescimento mais expressivo das edificações residenciais", afirmou Senra.

Ainda não está totalmente claro, entretanto, qual será o peso do Minha Casa Minha Vida (MCMV) no PIB, uma vez que o programa sofre com gargalos na liberação de recursos. "O MCMV pode ter impactos negativos, se ocorrerem novas paralisações", ponderou Ana Maria Castelo.




Indústria otimista
O ano termina com a indústria mineira mostrando otimismo em função de sinais da recuperação da economia a partir de iniciativas como o controle da inflação, a redução da taxa básica de juros, a lei da Liberdade Econômica e da aprovação da reforma da Previdência. “O Brasil vai crescer, no próximo ano, acima de 3%, mais do que as projeções atuais, e Minas também vai ter um crescimento mais vigoroso”, afirmou ontem o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, ao apresentar o balanço do setor. Apesar do otimismo, o setor ainda amarga perdas no estado. A previsão é que a indústria mineira feche o ano com queda de 4,96% na produção, puxada pelo tombo de 25% na indústria extrativa mineral, e retração de 1,24% no PIB. Mas mudanças no ambiente regulatório, alterações na legislação, queda nos juros e a volta a atividade minerário vão deixar esse cenário para trás e permitir um crescimento maior da economia mineira, segundo avalia Roscoe.


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