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Estado de Minas CRISE

Indústria vê sinal verde

Produção do setor ganha ritmo, com elevação do uso das máquinas e equipamentos a 70% em outubro, o que significa a redução da ociosidade. É o melhor resultado em cinco anos


postado em 23/11/2019 04:00

Prensas do polo automotivo da Fiat: produção industrial aumentou no Brasil frente a setembro, com melhor desempenho desde 2010(foto: Leo Lara/FCA %u2013 14/2/19)
Prensas do polo automotivo da Fiat: produção industrial aumentou no Brasil frente a setembro, com melhor desempenho desde 2010 (foto: Leo Lara/FCA %u2013 14/2/19)

O ritmo de funcionamento da indústria brasileira cresceu, medido pela chamada utilização da capacidade instalada das fábricas, que subiu 1 ponto percentual em relação a setembro e alcançou 70% em outubro, maior nível desde novembro de 2014, quando foi de 73%. A ociosidade, portanto, está em 30%, com base na pesquisa “Sondagem Industrial”, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). “A maior utilização da capacidade instalada é fundamental para a aceleração e continuidade da recuperação da economia brasileira, à medida que estimula novas contratações e investimentos”, diz a instituição, ao analisar o resultado do levantamento de dados do setor.
 
De acordo com a Sondagem Industrial da CNI, a produção do setor também aumentou frente a setembro e atingiu 55,2 pontos em outubro. Tradicionalmente, observa a CNI, a produção cresce neste período do ano. Contudo, o índice de 55,2 pontos é o maior para o mês de outubro desde 2010, quando começou a série histórica. O emprego aumentou 49,5 pontos, muito próximo da linha divisória dos 50 pontos. Os indicadores da pesquisa variam de zero a 100 pontos. Quando estão acima dos 50 pontos mostram aumento da produção e do emprego.
 
Outro dado positivo de outubro foi o ajuste dos estoques. O índice de estoque efetivo em relação ao planejado caiu 0,3 ponto no mês passado frente a setembro e ficou em 51,1 pontos no mês passado, quase em cima da linha divisória dos 50 pontos. Isso indica que os estoques estão praticamente dentro do planejado pelos empresários.
 
“Cada vez mais, aumentos adicionais da demanda vão se traduzir em aumento da produção e da utilização da capacidade instalada, realimentando o processo de recuperação”, acrescenta a CNI. Os dados de outubro, como avalia a instituição, mostram a aceleração do processo de retomada da atividade industrial.
 
“A recuperação da atividade industrial segue na esteira da melhora do ambiente econômico, com juros em patamar histórico de baixa e inflação bem comportada, além da aprovação da reforma da Previdência e da gradual recuperação do mercado de trabalho. Tudo isso contribuiu para o reaquecimento do consumo, que também foi estimulado pela liberação de recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)”, afirma em nota o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, em nota.
 
As expectativas para os próximos seis meses e as intenções de investimentos também melhoraram. Todos os indicadores de expectativas ficaram acima dos 50 pontos, mostrando que os empresários esperam o aumento da demanda, da compra de matérias-primas, das exportações e do número de empregados nos próximos seis meses. (Agência Brasil)

Confiança nas empresas em alta este mês


Cristiane Noberto*

Brasília – A expectativa de crescimento da indústria está melhor neste trimestre. É o que revela a prévia da pesquisa Sondagem da Indústria realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e divulgada também ontem. A Confiança da Indústria avançou 0,9 ponto em relação a outubro, ficando em 95,5 pontos. Segundo Renata de Mello Franco, pesquisadora do FGV/IBRE, o pessimismo dos empresários diminuiu. “Estão melhores porque menos empresas vão diminuir a produção, o quadro de pessoal e os negócios estão melhores para os próximos três meses”, afirmou.
 
Ainda assim, segundo Renata Franco, não é possível dizer que haverá uma aceleração da indústria. “O que diminuíram foram as respostas negativas. Vemos um ritmo de crescimento lento do que realmente uma aceleração, o que já é bom”, disse a pesquisadora.
 
O Monitor do PIB da FGV, também divulgado ontem, indicou crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, o conjunto da produção de bens e serviços do país) de 0,3% na passagem de agosto para setembro. Foi registrada pequena alta de 0,1% no acumulado do ano. Na comparação com setembro do ano passado, o avanço foi de 2,1%.
 
“O que surpreende, de fato, é que o investimento registrou alta. Isso foi graças à recuperação da construção civil. Outro fator foi o aumento no consumo das famílias também ter sido alto e a redução dos gastos e o consumo do governo. A expectativa é de que a economia cresça para 1,1% no próximo ano, mas pode ser alterada pela divulgação do PIB pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na próxima semana”, disse Cláudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.

* Estagiária sob supervisão de Roberto Fonseca

Investimentos


O índice de intenção de investimentos subiu 2,1 pontos em relação a outubro e ficou em 56,2 pontos neste mês, segundo a CNI. O indicador é 1,2 ponto maior do que o registrado em novembro de 2018 e está 6,9 pontos acima da média histórica da pesquisa. A intenção de investimento é maior nas grandes empresas, segmento em que o índice alcançou 62,3 pontos em novembro. Na média, ficou em 55 pontos e, nas pequenas, em 45 pontos. O indicador varia de 0 a 100 pontos. Quando maior o índice, maior é a disposição dos empresários para investir. Nessa edição da Sondagem Industrial, a CNI fez a consulta às empresas entre os dias 1º e 12 deste mês. Foram ouvidas 1.962 indústrias. Desse universo, 787 são de pequeno porte, 690 de médio porte e 485 são grandes  indústrias.



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