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Safra de bons resultados

Varejo, setor de serviços, estatais e mercado financeiro quebram marcas históricas e mostram que a retomada da economia é para valer


postado em 14/11/2019 04:00

Liberação de recursos do FGTS e promoções pontuais animam comércio (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press %u2013 23/12/14)
Liberação de recursos do FGTS e promoções pontuais animam comércio (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press %u2013 23/12/14)

São Paulo – Os números divulgados ontem pelo IBGE sobre o desempenho do varejo brasileiro são um bom termômetro da retomada da economia. Segundo o levantamento, as vendas do setor em setembro registraram o melhor resultado para o mês em 10 anos. Na comparação com agosto, o avanço foi de 0,7% – a alta mais expressiva desde a subida de 1,1% observada em setembro de 2009.

Na comparação com setembro de 2018, as vendas cresceram 2,1%. No terceiro trimestre, o setor acelerou 1,6% na comparação com os três meses anteriores. O varejo acumula alta de 1,3% no ano e de 1,5% levando em conta os últimos 12 meses.

As altas consecutivas do indicador mostram maior dinamismo da atividade comercial no país. De acordo com o estudo do IBGE, os maiores crescimentos ocorreram nos segmentos de “móveis e eletrodomésticos” (5,2%) e “tecidos, vestuário e calçados” (3,3%). A única taxa negativa no mês foi registrada pelo setor de equipamentos, material para escritório, informática e comunicação, com queda de 2%.

“O resultado de setembro confirma uma recuperação do varejo”, afirmou Isabella Nunes, gerente responsável pela pesquisa. “O comércio apresenta um dinamismo maior até do que a conjuntura brasileira.” Isabella atribui o bom desempenho à liberação dos recursos do FGTS e a promoções pontuais como a Semana do Brasil, que ofereceu descontos no comércio on-line e físico.

Apesar do avanço, a especialista faz algumas ressalvas. “Para falar em uma recuperação consolidada, ainda precisamos esperar mais alguns meses”, diz Isabella. “Há um dinamismo mais forte, mas existe muita informalidade no mercado de trabalho, que impede o crescimento da renda e afeta a demanda.”

O varejo não é o único a trazer boas notícias. Também nesta semana, o IBGE divulgou que o setor de serviços cresceu 1,2% na passagem de agosto para setembro, na série com ajuste sazonal. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a alta foi de 1,4%. O setor apresenta avanço de 0,6% no acumulado do ano e de 0,7% levando em conta os últimos 12 meses.

Segundo o IBGE, a expansão em setembro foi puxada principalmente pelos setores de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (alta de 1,6%) e também por serviços profissionais, administrativos e complementares (alta de 1,8%). Os serviços de informação e comunicação, com queda de 1%, assinalaram a única taxa negativa no mês.

LUCRO 

Para os que continuam céticos em relação ao desempenho da economia brasileira, os indicadores positivos chegam de todos os lados. Levantamento realizado pela consultoria Economática, a mais relevante do mercado de capitais brasileiro, mostrou que o lucro das estatais em 2019 será o maior da história.

De acordo com o estudo, o lucro das três maiores empresas estatais brasileiras listadas na Bolsa de Valores (Banco do Brasil, Petrobras e Eletrobras) somaram R$ 52 bilhões nos primeiros nove meses do ano, o que significa o melhor resultado da história. O resultado de 2018 era o maior registrado até então, com R$ 51,9 bilhões. Em 27 anos de amostragem, foram observados resultados negativos em apenas cinco anos: 1995, 1996, 2014, 2015 e 2016.

A Petrobras é a estatal de melhor performance em 2019, o que deve levar a novos recordes. O maior lucro anual de sua história foi alcançado em 2010, o equivalente a R$ 35,1 bilhões. Nos nove primeiros meses de 2019, a Petrobras lucrou R$ 31,9 bilhões, o que sinaliza que a marca anterior será superada.

O mercado financeiro também tem motivos para comemorar. Impulsionados pelo aumento do crédito, os lucros dos bancos subiram no terceiro trimestre deste ano. Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander embolsaram, juntos, R$ 21,9 bilhões, montante 19% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.


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