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Estado de Minas CONTRA A POBREZA NO MUNDO

Eles ensinam como lutar

Nobel de Economia premia teoria e experiência testadas por Abhijit Banerjee; sua mulher, Esther Duflo, e Michael Kremer, para beneficiar várias comunidades pobres


postado em 15/10/2019 04:00


Esther Duflo, com o marido Abhijit Banerjee, é a segunda mulher a vencer o prêmio da Academia Real de Ciências da Suécia, em 50 anos de existência (foto: Joseph Prezioso/AFP )
Esther Duflo, com o marido Abhijit Banerjee, é a segunda mulher a vencer o prêmio da Academia Real de Ciências da Suécia, em 50 anos de existência (foto: Joseph Prezioso/AFP )
 
O americano nascido na Índia Abhijit Banerjee, a franco-americana Esther Duflo e Michael Kremer, também dos Estados Unidos, são os vencedores do Prêmio Nobel de Economia de 2019 por seus trabalhos sobre a pobreza, anunciou ontem a Academia Real de Ciências da Suécia. O trio foi premiado “por sua abordagem experimental para aliviar a pobreza global”, afirmou o júri. “Os premiados introduziram um novo enfoque para obter respostas válidas sobre a melhor maneira de lutar contra a pobreza global”, completou o secretário-geral da Academia, Göran Hansson.
 
Em meados da década de 1990, Michael Kremer, de 54 anos e professor na Universidade de Harvard, “demonstrou a que ponto essa abordagem pode ser poderosa ao utilizar experiências de campo para testar diversas intervenções para melhorar os resultados escolares no Oeste do Quênia”, explicou a Academia. Esther Duflo fez seu nome conduzindo pesquisas com Abhijit Banerjee, 58 anos, que foi seu orientador de tese, sobre comunidades pobres da Índia e da África para medir o impacto real de micropolíticas suscetíveis de serem aplicadas em larga escala. Seus métodos de pesquisa experimental agora dominam a economia do desenvolvimento.
 
 
Michael Kremer testou iniciativas para ajudar pobres no Quênia(foto: John Chase/ Harvard University/AFP )
Michael Kremer testou iniciativas para ajudar pobres no Quênia (foto: John Chase/ Harvard University/AFP )
 
 
Graças a eles, "mais de cinco milhões de crianças na Índia se beneficiaram de programas eficazes de apoio nas escolas” e “muito países desbloquearam importantes subsídios à medicina preventiva”, explicou a Academia. “Apesar das recentes e significativas melhorias, um dos desafios mais prementes da Humanidade é a redução da pobreza no mundo, em todas as suas formas”, afirmou a Academia. Cerca de 700 milhões de pessoas ainda vivem em extrema pobreza, segundo o Banco Mundial.
 
Esther Duflo, de 46 anos e professora de economia do Massachusetts Institute of Technology (MIT), onde também trabalha o marido dela, é uma das economistas mais famosas do mundo, principalmente nos Estados Unidos.Vencedora em 2010 da medalha John Bates Clark, é a segunda mulher a vencer o Nobel de Economia em seus 50 anos de existência, após Elinor Ostro em 2009.
 
“Estou honrada. Para ser honesta, não achei que era possível ganhar o Nobel tão nova”, reagiu a economista, que se torna a pessoa mais jovem a receber o Nobel de Economia. “O prêmio Nobel de Economia é o único em comparação com outros prêmios, que reflete uma mudança no campo econômico e geralmente leva muito tempo” antes que a teoria seja posta em prática, acrescentou, questionada pela Academia.

Desenvolvimento A extrema escassez de mulheres entre os prêmios de Economia decorre, em particular, do fato de que “não há mulheres economistas suficientes”, lamentou. Após a ligação da Academia, a laureada contou que seu marido “voltou a dormir”. “Era muito cedo e eu não sou alguém matutino”, justificou mais tarde.
 
Questionado sobre o que ela fará com o prêmio, respondeu: "Aos 8 ou 9 anos de idade, li uma biografia de Marie Curie que, quando recebeu seu primeiro prêmio Nobel, comprou um grama de rádio (...) Acho que discutiremos os três para saber qual será o nosso grama de rádio".
 
O presidente francês Emmanuel Macron saudou no Twitter um “magnífico prêmio Nobel” que “mostra que pesquisas nesse campo podem ter um impacto concreto no bem-estar da humanide”. Seus trabalhos fizeram com que fosse escolhida em 2013 pela Casa Branca para assessorar o presidente Barack Obama em questões de desenvolvimento, ao participar do novo Comitê para o Desenvolvimento Global.
 
Os três vencedores do Nobel de Economia dividirão a quantia de 9 milhões de coroas (830 mil euros, ou US$ 920 mil) e receberão uma medalha de ouro e um diploma. A cerimônia de entrega do Nobel será realizada em 10 de dezembro. 
 

OS VENCEDORES
2019
Abhijit Banerjee e Michael Kremer (Estados Unidos) e Esther Duflo (França/Estados Unidos) por seus trabalhos sobre a pobreza

2018
William Nordhaus e Paul Romer (Estados Unidos), por seu engajamento nos temas da mudança climática e da inovação tecnológica no crescimento econômico

2017
Richard Thaler (Estados Unidos), por sua pesquisa sobre as consequências dos mecanismos psicológicos e sociais nas decisões dos consumidores e dos investidores

2016
Oliver Hart (Reino Unido/Estados Unidos) e Bengt Holmström (Finlândia), por suas contribuições à teoria dos contratos

2015
Angus Deaton (Reino Unido/Estados Unidos) por seus estudos sobre “o consumo, a pobreza e o bem-estar”.

2014
Jean Tirole (França), por sua “análise do poder do mercado e de sua regulação”

2013
Eugene Fama, Lars Peter Hansen e Robert Shiller (Estados Unidos), por seus trabalhos sobre os mercados financeiros

2012
Lloyd Shapley e Alvin Roth (Estados Unidos), por seus trabalhos sobre a melhor maneira de adequar a oferta e a demanda em um mercado, com aplicações nas doações de órgãos e na educação

2011
Thomas Sargent e Christopher Sims (Estados Unidos), por trabalhos que permitem entender como acontecimentos imprevistos ou políticas programadas influenciam os indicadores macroeconômicos

2010
Peter Diamond e Dale Mortensen (Estados Unidos), e Christopher Pissarides (Chipre/Reino Unido), um trio que melhorou a análise dos mercados nos quais a oferta e a demanda têm dificuldades para se acoplar, especialmente no mercado de trabalho 


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