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Estado de Minas ECONOMIA

IBGE: alta da indústria não recupera perdas e não inicia trajetória de expansão

Apesar da melhora, o setor industrial ainda opera 17,3% abaixo do pico alcançado em maio de 2011


postado em 01/10/2019 16:25 / atualizado em 01/10/2019 18:41

(foto: Sidney Lopes/Estado de Minas )
(foto: Sidney Lopes/Estado de Minas )

A alta de 0,8% na produção industrial em agosto ante julho ainda não foi suficiente para recuperar perdas passadas nem pode ser considerada o início de uma trajetória sustentada de crescimento, avaliou André Macedo, gerente na Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar da melhora, o setor industrial ainda opera 17,3% abaixo do pico alcançado em maio de 2011. Na comparação com agosto de 2018, a produção encolheu 2,3%. De janeiro a agosto, a indústria acumula uma perda de 1,7%. A taxa em 12 meses também recua 1,7%. Os dados são da Produção Industrial Mensal - Produção Física.

"Esse resultado está longe de recuperar as perdas do passado, também está longe de representar o início de uma trajetória de crescimento", afirmou Macedo. "O avanço nesse mês é claro que é um sinal positivo, até pela magnitude da taxa, mas é preciso ficar atento a sustentação desse crescimento. São poucas atividades com avanços. Então é preciso um pouco de cautela com esse resultado. Outras atividades com encadeamento importante com outros setores industriais, como veículos automotores, permaneceram no negativo", completou o pesquisador.

Segundo André Macedo, alguns fatores conjunturais permanecem prejudicando a trajetória da indústria, como a crise na Argentina, que afeta as exportações brasileiras; o cenário de incertezas elevadas, que inibe o consumo das famílias e a decisão de investimento do empresariado; e o mercado de trabalho ainda difícil para o trabalhador, que prejudica a recuperação da demanda doméstica.

"Embora tenha melhora no mercado de trabalho, ainda tem um contingente importante fora dele, e o elevado patamar de informalidade impede uma melhora na massa de salários. Isso acaba não contribuindo para a demanda doméstica. Isso permanece entre os fatores que explicam o menor dinamismo da produção industrial que já vem há algum tempo", justificou o coordenador do IBGE.


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