Pesquisa que mede a confiança do empresário do comércio em Belo Horizonte quebrou a tendência de queda dos últimos meses e apresentou alta em agosto. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) alcançou 108,3 pontos, ou seja, 1,2 pontos percentuais mais alto que o verificado em julho, quando ficou em 107,1.
Contudo, a pesquisa revelou que verificada as percepções do empresário a visão otimista ainda é tímida e esbarra em outros indicadores. Quando verificado o Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec), a alta foi de 3,5 pontos percentuais, ficando em 25,9 pontos em agosto. Apesar da alta, os números refletem o pessimismo.
Para a maioria dos pesquisados, a condições atual da economia brasileira está pior. Somando os que consideram que a situação piorou pouco (28,7%) e piorou muito (33,7%) o índice fica em 62,4%. Apenas para 38,6% a situação está melhor.
Quando perguntando sobre as condições atuais do setor, 56,8% disseram que houve piora. Apenas para 43,2% ocorreram melhoras. Apesar disso, quando perguntados sobre as condições atuais da empresa, aí a percepção melhora. Para 54,9% afirmaram que houve melhora e 45,1% que piorou.
Apesar disso, quando considerada a expectativa do empresário para o futuro da economia, os indicadores melhoram. Mesmo com a queda de 144,2 pontos em julho para 143,3 pontos em agosto no Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (Ieec), para a maioria as expectativas para os próximos meses estão positivos
Sobre a melhora no índice de confiança, a melhora na curva faz parte da série histórica em que o segundo semestre tem sempre melhores perspectivas devido as datas comemorativas como Dia das Crianças e o Natal, neste ano ainda se soma a isso a liberação do FGTS, segundo Bárbara Guimarães, economista da Fecomércio. Contudo, a economista considera que o empresário do comércio ainda vê com cautela a concretização de algumas promessas do governo que podem ter impacto na economia.
“Ainda há insatisfação, a economia está em um momento de incerteza e isso reflete na percepção. Além disso, a aprovação das reformas são essenciais para a percepção e a melhora na confiança. Isso é indispensável para trazer o investimento e fazer com vá voltando e o consumo também”, afirmou a economista.
