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Estado de Minas FRETE

Para ministro, tabela é aberração


postado em 08/08/2019 04:00







Brasília – Envolvido diretamente nas negociações entre o governo e os caminhoneiros, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirma que a tabela de frete, instituída no país após a greve de caminhoneiros de 2018, é uma "aberração" e é preciso que ela deixe de existir. Segundo ele, para resolver o problema, é preciso "desmamar" o setor e deixar que a tabela "morra naturalmente". "Também não adianta chegar um governo novo e falar que amanhã não tem mais tabela. Não pode ser assim", disse o ministro na noite de terça-feira. Freitas afirmou não ver risco de nova greve.

Para reagir à paralisação em maio de 2018, que se arrastou por 10 dias, o governo do ex-presidente Michel Temer sancionou uma lei instituindo uma tabela com preços mínimos para o frete. O governo Jair Bolsonaro, que no início deste ano teve de lidar com ameaças de novas paralisações por parte dos caminhoneiros, "herdou" a situação, disse Freitas. Ele ponderou ainda que se trata de um problema econômico e não de infraestrutura, foco de sua pasta.

"A causa do problema é a política industrial errada. O Produto Interno Bruto (PIB) e a frota sempre caminham juntos. O que aconteceu no Brasil? O PIB caiu e a frota subiu. O caminhoneiro está lá morrendo e não consegue perceber que é por causa do excesso de oferta. Aí me manda mensagem: 'Ministro, nós estamos morrendo. Estão mesmo", disse.

Segundo Freitas, com a retomada do crescimento, será possível reequilibrar novamente oferta e demanda. Até lá, a solução passa por fazer um trabalho de "formiguinha", facilitando acordos entre os agentes de cada setor. "Se fizermos vários acordos, a gente torna a vida do próprio Supremo Tribunal Federal mais fácil. A carga de responsabilidade diminui. Imagino que o Supremo deve estar com medo: se eu decido pela inconstitucionalidade, será que o Brasil para amanhã?", afirmou o ministro. "Mas se dissermos que não vai ser surpresa e todo mundo já sabe mais ou menos o preço que será praticado? E aí fazemos renascer a cultura da livre negociação, que é uma coisa que existia e perdemos", disse. O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, marcou para 4 de setembro o julgamento no plenário da corte de processos contra a política de preços mínimos no frete.


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