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Estado de Minas

Governo vê desidratação de R$ 63 bi em 10 anos


postado em 05/08/2019 04:00



Brasília – A equipe econômica calculou uma desidratação de R$ 63 bilhões na economia fiscal da reforma da Previdência em 10 anos após a nova versão do relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). O texto foi aprovado ontem na CCJ. O cálculo foi informado pelo secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho. Com isso, a economia da reforma cai de R$ 933,5 bilhões (resultado do texto aprovado na Câmara) para R$ 870,5 bilhões em uma década, nas congtas do governo.
 
O relator apresentou alterações para compensar a perda. Com a PEC paralela, a economia sobe para R$ 962 bilhões, de acordo com Tasso Jereissati, e para R$ 1,312 trilhão com a inclusão de estados e municípios – na hipótese de todos os governos estaduais e municipais aderirem à proposta.
 
Em suas considerações finais antes do início da votação da reforma da Previdência na CCJ, Tasso avaliou ser impossível equilibrar o que “é justo” com a questão da grave crise financeira do Estado brasileiro. “Defender os mais pobres é primeiramente defender que existam recursos para a educação. Já estão ocorrendo cortes em pesquisa e nas universidades para cobrir déficit da Previdência”, acrescentou o senador.
 
Ele mais uma vez admitiu que seu parecer aumenta despesas – ou reduz a economia com a reforma –em relação ao texto aprovado pela Câmara dos Deputados, mas argumentou que a economia de Estados e municípios na PEC Paralela mais que do compensará essa diferença. Tasso mostrou ainda a sua tentativa de acabar com brechas e imunidades que, segundo ele, beneficiam setores ricos e poderosos com isenção de contribuição previdenciária.
 
Ele chegou a citar a JBS como um exemplo de empresa grande que estaria livre de contribuir para a previdência. “Encontramos R$ 150 bi em instituições ricas e poderosas que não contribuem para a Previdência”, completou. O relator disse ainda que a maioria das emendas apresentadas pelos senadores são repetidas, e boa parte delas são conflitantes. “Não é nosso papel discutir lucros dos bancos, estamos discutindo Previdência. A questão da tributação de lucros e dividendos já está sendo discutida na reforma tributária”, acrescentou.



"Defender os mais pobres é primeiramente defender que existam recursos para a educação. Já estão ocorrendo cortes em pesquisa e nas universidades para cobrir déficit da Previdência"
(foto: Gerdan wesley / divulgação)
(foto: Gerdan wesley / divulgação)

. Tasso Jereissati (PSDB-CE), 
relator da PEC da Previdência na CCJ do Senado 


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