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Estado de Minas TOMBO NO COMÉRCIO

Vendas no varejo caem 0,6% em abril, pior resultado para o mês desde 2015

Queda afeta 20 estados e deixa esperada recuperação do setor mais distante


postado em 13/06/2019 04:09 / atualizado em 13/06/2019 07:51

A retração das vendas de calçados, de 3,2% frente a 2018, só perdeu para a de combustíveis, de 3,6%(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 3/7/18 )
A retração das vendas de calçados, de 3,2% frente a 2018, só perdeu para a de combustíveis, de 3,6% (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 3/7/18 )

Rio de Janeiro – O comportamento do comércio varejista brasileiro nos últimos três meses mostrou perda de ritmo, avaliou Isabella Nunes, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As vendas caíram 0,6% em abril, ante março, depois de dois meses de estabilidade: 0,1% em março e -0,1% em fevereiro.

“O varejo recua após dois meses de estabilidade, e só essa observação já mostra a perda de ritmo no varejo em 2019. A queda foi disseminada no varejo em abril, mas o principal impacto foi a retração do setor de supermercados (-1,8% em abril ante março). Os supermercados encolheram pelo terceiro mês seguido, acumulando perda de 3,4% no período”, ressaltou analista do IBGE.
Segundo a pesquisadora, as vendas dos supermercados têm sido afetadas tanto por aumento nos preços dos alimentos consumidos no domicílio quanto pela estabilidade da massa de rendimentos dos trabalhadores. Ainda assim, o setor conseguiu acumular crescimento de 2% nas vendas em 12 meses, um dos segmentos com melhor desempenho, por vender bens essenciais.

“A atividade econômica em baixa, a alta capacidade ociosa, o desemprego chegando a 13 milhões de pessoas, e mesmo o emprego gerado é na informalidade. Tudo isso faz com que a massa de rendimentos não cresça de forma suficiente para estimular o consumo, que fica restrito às necessidades mais básicas, vendidas nos supermercados e setor farmacêutico”, destacou Isabella.
Cinco das oito atividades que integram o comércio varejista registraram queda nas vendas em abril último perante o mesmo mês do ano anterior, segundo o IBGE. Apesar da disseminação de perdas, o comércio varejista cresceu 1,7% na média global do setor. O resultado foi positivo devido ao crescimento da categoria “outros artigos de uso pessoal e doméstico”, com expansão de 13,4%, seguido por hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,6%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (3,8%).

A atividade de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que inclui as lojas de departamento, tem sido beneficiada pelo comércio eletrônico, de acordo com o IBGE. “O comércio eletrônico está mostrando maior dinamismo do que as lojas físicas", afirmou Isabella Nunes, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio. “Normalmente, essas lojas de internet vendem uma gama variada de produtos. Então, quando a gente classifica, elas entram em outros artigos de uso pessoal e doméstico”, completou.
Em relação a abril de 2018, houve redução no volume vendido pelo varejo de combustíveis e lubrificantes (-3,6%); tecidos, vestuário e calçados (-3,2%); livros, jornais, revistas e papelaria (-25,6%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-10,5%) e móveis e eletrodomésticos (-0,1%).
No varejo ampliado, que inclui os segmentos de veículos e material de construção, as vendas cresceram 3,1% em abril passado, na comparação com abril de 2018. O volume vendido pelo segmento de veículos, motos, partes e peças mostrou aumento de vendas de 6,9%, enquanto material de construção avançou 4,1%.

Perdas sucessivas em Minas

Os negócios do comércio varejista de Minas Gerais amargaram o vermelho em abril, nas três bases de comparação em que o IBGE trabalha. Em relação a março último, houve encolhimento de 0,3%, percentual que ficou abaixo da média brasileira e dos estados mais sacrificados pelos números negativos: Paraíba (-3,5%), Rio de Janeiro (-2,8%) e Pará (-2,6%). Na contramão do resultado ruim, sete das 27 unidades da federação tiveram motivo para comemorar, ante o crescimento do varejo local de Roraima, que avançou 3,2%; Amapá, 2,7%; e Bahia, 0,9%.

Quando a análise é feita sobre abril de 2018, o comércio varejista mineiro apresenta retração de 1%, em meio aos números mais desfavoráveis que observaram Paraíba (-5,7%), Piauí (-4,8%) e Paraná (-1,8%). Nesta base de comparação, o IBGE observou resultados melhores, com 20 estados mostrando expansão das vendas do comércio, entre eles o Espírito Santo (7,4%); Tocantins (7,1%) e Santa Catarina (6,9%).

No período acumulado dos últimos 12 meses até abril, Minas Gerais sofreu recuo de 1,7%, enquanto no acumulado no ano (de janeiro a abril/2019) o comércio varejista do estado encolheu 2,3%. Tomando-se a variação acumulada em 12 meses e incluindo os resultados do volume de vendas do comércio varejista ampliado (que abrange veículos, motocicletas, partes e peças e material de construção), o IBGE destacou que a atividade referente à venda de móveis mantém, em Minas Gerais, resultados negativos por longos períodos. Com desempenho positivo, as vendas de veículos, motocicletas, partes e peças apresentaram, no acumulado de 12 meses, avanço de 10,1% em abril de 2019.


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