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Estado de Minas ECONOMIA

Dívida líquida caiu em março em função de desvalorização cambial no mês, diz BC


postado em 30/04/2019 13:58

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, afirmou nesta terça-feira, 30, durante apresentação das Estatísticas Fiscais de março, que a Dívida Líquida do Setor Público caiu em março em função da desvalorização cambial ocorrida no mês. O porcentual da dívida ante o Produto Interno Bruto (PIB) passou de 54,4% em fevereiro para 54,2% em março.

"O País é credor em dólar. Quando o dólar se valoriza, há redução do valor da dívida líquida em reais. Isso aconteceu novamente em março", disse Rocha. No mês passado, a desvalorização cambial foi de 4,2%.

Rocha afirmou, porém, que o fator câmbio é pontual. "A trajetória é de aumento de endividamento, enquanto não tivermos consolidação fiscal", citou.

Dívida bruta

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central afirmou que três fatores explicam o aumento de 1 ponto porcentual da Dívida Bruta do Governo Geral em março: o resultado fiscal, os swaps e o retornos de operações de linhas cambiais do BC.

Conforme os dados do BC, a dívida bruta seguiu em evolução em março, passando de 77,4% para 78,4% do PIB. Esta trajetória é explicada em grande parte pelos seguidos déficits fiscais registrados pelo setor público ao longo dos meses. Nos 12 meses até março, o déficit primário está em R$ 99,312 bilhões, enquanto o déficit nominal soma R$ 483,775 bilhões.

Em março, especificamente, houve ainda despesas maiores com juros pelo setor público, em razão das perdas do BC com sua posição em swaps cambiais. As despesas com juros no mês passado somaram R$ 43,546 bilhões, ante R$ 30,082 bilhões em fevereiro.

Um terceiro fator contribuiu para o aumento da dívida em março: o fato de o BC ter deixado algumas linhas cambiais vencerem normalmente. Este vencimento implica na recompra de dólares colocados no mercado anteriormente.

Ao mesmo tempo, para enxugar a liquidez adicional, o BC promoveu mais operações compromissadas - o que implica em aumento da dívida bruta. Este processo, em março, fez as compromissadas subirem em R$ 12 bilhões, contribuindo para a elevação de 1 ponto porcentual da dívida bruta.

Durante apresentação dos dados, Rocha foi questionado ainda se a criação dos depósitos voluntários das instituições financeiras no BC - cuja proposta está em tramitação no Congresso - poderia reduzir eventuais impactos das compromissadas sobre a dívida bruta, como os verificados em março. Segundo ele, o BC defende que a instituição dos depósitos voluntários seria um complemento às atuais ferramentas para enxugar a liquidez. "O uso dos depósitos voluntários é visto como complementar às compromissadas", disse.


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