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Estado de Minas

Nos EUA, Paulo Guedes conversa com investidores para reverter "imagem ruim" do Brasil

Ministro da Economia participa de reuniões de primavera do FMI, além de encontros com investidores, economistas e ministros de outros países


postado em 14/04/2019 06:00 / atualizado em 14/04/2019 09:30

Para a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, a melhor forma para gerar equilíbrio à economia global é a adoção de reformas estruturais de políticas fiscais e monetárias(foto: Mark Wilson/AFP)
Para a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, a melhor forma para gerar equilíbrio à economia global é a adoção de reformas estruturais de políticas fiscais e monetárias (foto: Mark Wilson/AFP)

Washington – O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem que as conversas nos Estados Unidos têm sido importantes e usadas para debater “como é que vão ser as coisas daqui pra a frente no Brasil”. Ele esteve em Nova York na quarta-feira e em Washington desde então, onde participa de reuniões de primavera do FMI e encontros com investidores, economistas e ministros de outros países.


“Estamos conseguindo reverter uma imagem ruim”, disse Guedes, que afirmou ter se reunido com “excelentes interlocutores”, como a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, com integrantes do Banco Mundial, Tesouro americano, presidente do Federal Reserve e presidentes dos bancos centrais do mundo inteiro. “O Brasil vai progredir rapidamente em várias frentes. Ele disse que também teve conversas sobre a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Na visita de Bolsonaro aos EUA, o presidente americano, Donald Trump, se comprometeu com o endosso da candidatura do Brasil à organização, um pleito da equipe econômica.

Guedes afirmou que a economia mundial está conseguindo “atravessar um desfiladeiro estreito” e evitar que a crise financeira virasse uma depressão mundial. “Ao mesmo tempo, se a economia estivesse crescendo muito e houvesse uma ameaça de inflação seria terrível, os juros estariam subindo, teria uma desalavancagem forte, teria uma bolha dos bônus estourando. A economia mundial poderia, de repente, cair num desastre”, disse. O ministro afirmou que, com a desaceleração moderada da economia mundial, e a volta do crescimento do Brasil, haverá um horizonte de investimentos no país, especialmente em vários setores, como petróleo, gás e infraestrutura, com destaque para saneamento. De acordo com Guedes, outros países estão observando o Brasil com enorme interesse.


LIVRE COMÉRCIO Christine Lagarde reiterou que um dos fatores positivos para o avanço da economia global é o livre comércio. Ela apontou que uma simulação realizada por estudos econométricos do Fundo destacaram que, caso fossem impostas tarifas pelos EUA sobre todas as importações da China, “perto de US$ 500 bilhões”, tal ação colocaria em risco 0,8% do PIB global.

“Por outro lado, eliminar barreiras em 25% entre EUA e China geraria um impacto positivo de 0,8% sobre o PIB mundial”, disse Lagarde, ressaltando que são duas medidas, mas com efeitos diametralmente opostos para a economia internacional. Ela fez os comentários em entrevista coletiva ao fim do encontro do Comitê Financeiro e Monetário Internacional (IMFC, na sigla em inglês) do Fundo Monetário Internacional.

Lagarde apontou, ainda, que a melhor forma para gerar equilíbrio à economia global é a adoção de reformas estruturais de políticas fiscais e monetárias, de acordo com as condições internas de cada país. Segundo a diretora-gerente do FMI, os presidentes dos principais bancos centrais com quem conversou durante a reunião do FMI em Washington, nesta semana, manifestaram que há entre eles três preocupações comuns: prestação de contas, transparência e boa comunicação das medidas adotadas à sociedade. “Os bancos centrais precisam destes três componentes para cumprir suas missões específicas”, destacou.

Em entrevista coletiva ontem, Lagarde foi questionada sobre como avaliava as pressões políticas do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a direção do Federal Reserve na condução dos Fed Funds. Ela respondeu: “independência tem sido muito importante para os bancos centrais, e continuará assim.” Ela também apontou que, em relação às condições econômicas na zona do euro, pode ser que existam assimetrias entre os países da região, mas que arranjos podem ocorrer entre eles, pois trocas comerciais entre nações mais ricas e com PIB médio podem gerar uma integração econômica mais vigorosa na região. “Esses arranjos podem gerar mais força à zona do euro.”


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