A instabilidade política dos últimos anos freou um dos mais importantes projetos de infraestrutura do agronegócio brasileiro: a Ferrogrão, a ferrovia com mais de mil quilômetros de extensão que ligará Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, ao porto fluvial de Miritituba, no Pará. Orçada em R$ 12,7 bilhões, a Ferrogrão tem potencial para transportar 80% da produção de Mato Grosso, e baixar de R$ 300 por tonelada para R$ 110 o custo de transporte de soja. A ideia da ferrovia começou a ser debatida em 2012 e acabou sendo estruturada pela Estação da Luz Participações (EDLP). Mais tarde, a EDLP se tornou sócia no projeto das tradings ADM, Amaggi, Bunge, Cargill e Louis Dreyfus. Cada um dos participantes será dono de uma fatia de 16,6% do negócio e deverá bancar 30% de seus custos totais. O plano é que os outros 70% sejam financiados pelo BNDES. Representantes das empresas querem abrir diálogo com o presidente Jair Bolsonaro no começo do ano que vem.
O triste fim da DM9
Apesar de estar em situação difícil nos últimos tempos – a ponto de encerrar as atividades, conforme anunciado ontem –, a agência de publicidade DM9 vinha sendo administrada como se não tivesse problemas. Tanto é assim que tinha planos de fazer uma reforma na sede em São Paulo para adequar algumas instalações de segurança. O projeto, é claro, fez água. Em 2018, a DM9 perdeu parte da conta do Itaú, e novos cancelamentos estavam previstos para o ano que vem.
As senhas digitais mais usadas no mundo
A sequência numérica 1, 2, 3, 4, 5, 6 é, acredite, a senha mais utilizada no mundo, segundo a consultoria americana de segurança SplashData. A empresa analisou 6 milhões de senhas que vazaram na internet em 2018 e chegou à conclusão que anda faltando criatividade na hora de definir um código de acesso. A vice-líder é a palavra “password” – “senha”, em inglês. A terceira colocada é a data de nascimento do usuário. Segundo a SplashData, obviedades como essas facilitam o trabalho dos criminosos.
Uma nova indústria avança: a de insetos comestíveis
A indústria de insetos comestíveis está crescendo rapidamente. Nos Estados Unidos, já é possível comprar alimentos processados que têm como base grilos e larvas. A China lançou uma novidade: salgadinhos feitos a partir de bichos-da-seda. Criados pela startup Bugsolutely, os snacks Bella Pupa chegaram no meio do ano aos supermercados. Por enquanto, os snacks estarão disponíveis apenas no mercado chinês, mas a empresa pretende levá-los para outros países – Brasil inclusive – no ano que vem.
RAPIDINHAS
» A Flyworld Viagens, maior rede de microfranquias de turismo do país, está otimista com as perspectivas para o ano que vem. A empresa espera crescer 50% em 2019 como resultado da abertura agressiva de lojas. Em 2018, a Flyword chegou aos estados de Minas Gerais, Rondônia, Sergipe e Tocantins.
» As vendas em alta do Natal vão impulsionar um tipo de seguro que vem ganhando espaço no Brasil: o de garantia estendida. Ao comprar um produto, o consumidor pode contratar o seguro extra, serviço que proporciona tempo adicional de proteção ao bem adquirido. Na seguradora Zurich, a modalidade deverá avançar 15% neste final de ano.
» Um dos grandes temas corporativos de 2018 foi o vazamento de dados pessoais na internet. Muitas empresas sofreram com isso e até enfrentaram problemas com a Justiça. O curioso é que elas poderiam dar outro destino às informações dos clientes. Pelo menos é o que mostra uma pesquisa realizada pela empresa de segurança Kaspersky Lab em parceria com a consultoria Corpa.
» Segundo o levantamento, 35% dos brasileiros forneceriam seus dados pessoais em troca de descontos, cupons ou programas de fidelidade. Os jovens entre 18 e 24 anos são os mais dispostos a ceder suas informações que circulam na internet: 44% afirmaram que não teriam problema em fazer isso.
0,6% foi quanto cresceu em dezembro o índice de confiança do consumidor calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Com o avanço, o indicador chegou a 114,3 pontos, o maior valor desde março de 2013. A confiança em alta é fundamental para estimular o consumo e aumentar o ritmo da expansão da economia.
"Para que o bitcoin desapareça é preciso antes apagar a internet”
. Tyler Winklevoss,
remador olímpico americano, que, junto com o irmão gêmeo, acusou Mark Zuckerberg de roubar a ideia do Facebook e que ganhou mais de US$ 1 bilhão ao investir em moedas virtuais