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Estado de Minas

Banco Inter anuncia homebroker gratuito

Nova plataforma possibilita compra de ações sem custo para o investidor. Fintech já está perto de atingir a marca de 1,4 milhão de clientes, o que a coloca entre as maiores do país


postado em 13/12/2018 10:48

''Se o nosso ritmo de abertura de contas se mantiver, podemos mais que dobrar a nossa base de clientes em um ano'',. João Vitor Menin, presidente do banco Inter(foto: Alexandre Rezende)
''Se o nosso ritmo de abertura de contas se mantiver, podemos mais que dobrar a nossa base de clientes em um ano'',. João Vitor Menin, presidente do banco Inter (foto: Alexandre Rezende)

Rio de Janeiro – O Banco Inter, que fez seu nome oferecendo uma conta-corrente sem taxas, lançou nessa  quarta-feira (12)uma plataforma aberta de investimentos que inclui homebroker (ferramenta que possibilita os investimentos em ações pela internet) gratuito, serviços de câmbio e mais de 20 fundos, incluindo previdência privada.

Ao apresentar a plataforma, o presidente do Inter, João Vitor Menin, disse que o banco já está próximo da marca de 1,4 milhão de contas, número alcançado muito antes das metas definidas pela instituição e que coloca o banco entre as maiores fintechs do país.

“Se o nosso ritmo de abertura de contas se mantiver, podemos mais que dobrar a nossa base de clientes em um ano,” afirmou Menin. A média é de 7 mil contas abertas por dia, mas não seria surpresa se a instituição ampliasse esse número.

A plataforma aberta significa que o cliente do Inter poderá, a partir de agora, acessar uma série de investimentos pelo aplicativo mobile do banco, como CDBs, LCAs, LCIs. Antes da iniciativa, esses investimentos estavam disponíveis apenas na versão desktop do site.

Além de tornar a experiência do cliente mais completa e amigável, a oferta de produtos no aplicativo deve permitir que o Inter capte mais recursos de seus próprios correntistas, o que pode ajudar a reduzir seu custo de “funding”.

Nos últimos três meses, quando passou a disponibilizar contas de poupança no app, o Inter captou cerca de 20 mil novas contas de pessoas que até então não tinham investimentos no banco. A chamada Plataforma Aberta Inter (PAI) inclui ainda serviços de câmbio e fundos VGBL e PGBL em parceria com a Icatu Seguros. A PAI segmentou os clientes em três categorias: até R$ 250 mil (Digital); de R$ 250 mil a R$ 2 milhões (Black); e acima de R$ 2 milhões (Private). 

O homebroker gratuito será disponibilizado gradualmente para todos os clientes do banco nas próximas semanas, até atingir a totalidade dos correntistas. Segundo especialistas, a novidade ajuda a popularizar o acesso ao mercado de ações no Brasil, cada vez mais procurado por pequenos investidores. Mas ainda há um longo caminho pela frente. Apenas 0,4% da população brasileira, ou cerca de 800 mil pessoas, investe na bolsa. Nos Estados Unidos, mais da metade da população marca presença no mercado acionário.

Como ganhar dinheiro e competir com os bancos tradicionais sem cobrar tarifas? Não existe mágica, mas estratégia de negócio. Enquanto os bancos tradicionais têm milhares de agências e empregam dezenas de milhares de pessoas, fintechs como o Banco Inter se organizaram a partir de estruturas enxutas.

O Banco Inter não tem uma agência sequer, e nem precisa. O cliente resolve tudo pela internet ou aplicativo de celular. Mas essa é apenas uma parte da explicação. O dinheiro do negócio vem dos mais de 10 produtos financeiros oferecidos aos clientes, de crédito imobiliário ao seguro do carro, da operação de câmbio à recarga do celular.

Para descobrir os produtos que precisava colocar na prateleira, o Inter monitorou as redes sociais, em que os clientes frequentemente elogiam o banco mas reclamam que “só falta” a oferta de um determinado serviço. De posse das informações que traduzem os anseios dos correntistas, o banco desenvolveu uma operação para atendê-los.

Rafael Rodrigues, que lidera a área de investimentos do banco, disse que o Inter quer “desintermediar a arquitetura aberta”. Ele explica o que isso significa: “Todas as outras plataformas são baseadas na figura do agente autônomo. Quando o cliente vê na tela que pode escolher entre 20 fundos macro, ele congela. Aí você precisa do agente autônomo, com os conflitos que existem nessa relação.”

O executivo prossegue na explicação: “Nós vamos fazer diferente. Com o tempo e a análise de dados, a nossa tecnologia vai indicar ao cliente o melhor produto de uma forma personalizada.” Ou seja: o consumidor vai investir apenas naquilo que ele realmente precisa, e não em um produto específico que tem a finalidade de ajudar o gerente a cumprir metas mensais – estratégia costumeiramente adotada pelos bancos tradicionais.


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