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Estado de Minas ECONOMIA

Confiança de empresário do setor têxtil melhora, apesar de cenário político


postado em 04/10/2018 14:32

A visão de empresários do setor têxtil e de confecção sobre as vendas e a produção está se tornando aos poucos mais otimista, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). Para o presidente da entidade, Fernando Pimentel, a substituição de importações tem elevado a produção de indústrias que atendem encomendas de última hora do varejo para o final de ano.

A Pesquisa de Conjuntura, promovida pela Abit com os seus empresários, considerou que, passado o clima de expectativa e compasso de espera em função das eleições, o cenário poderá ser de crescimento nas vendas, especialmente pelas datas comemorativas como o Dia das Crianças e a Black Friday. Metade dos consultados acredita na possibilidade de aumento nas vendas entre outubro e novembro.

No início do ano, as avaliações positivas no setor chegavam a 80%, embaladas por uma expectativa de crescimento mais acelerado do PIB este ano. A piora na confiança veio após a greve dos caminhoneiros em maio, que derrubou as respostas positivas para cerca de 20%. Agora, o setor enxerga uma possibilidade de reaquecimento, embora ainda com cautela, em razão das incertezas no cenário político.

"Um pouco mais de otimismo reflete o quadro atual de alguma substituição de importação. Mas não nos parece que essa perspectiva é suficiente para tirar as nuvens do cenário definitivamente", conclui Pimentel.

A alta volatilidade do cambio faz com que compradores de menor porte (em geral vendedores de itens de moda de redes pequenas, menos adaptados a instrumentos de hedge) deixem de se abastecer com fornecedores externos. Isso deve ajudar no "sprint final" da indústria têxtil e de confecção em 2018, mas o setor acredita que o fôlego pode durar pouco.

A avaliação de Pimentel é que, passado o período eleitoral, há a possibilidade de a moeda brasileira voltar a se apreciar, em especial no caso de o candidato vencedor demonstrar compromisso com reformas e com o equilíbrio fiscal.

O câmbio não pode ser um fator de competitividade por si só", diz. "É um elemento que compõe produtividade do país, mas não pode ser determinante", conclui.


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