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Estado de Minas

Startup que comprou a Pedidos Já quer chegar a 1 bilhão de usuários

Com empresas como a iFood, Sympla e Playkids no portfólio, a startup Movile é apontada com potencial para ser o próximo unicórnio brasileiro


postado em 16/08/2018 06:00 / atualizado em 17/08/2018 14:30

Intenção do grupo Movile é aproveitar a capacidade de crescimento do Brasil no mercado de aplicativos(foto: Divulgação)
Intenção do grupo Movile é aproveitar a capacidade de crescimento do Brasil no mercado de aplicativos (foto: Divulgação)


São Paulo – A meta é ambiciosa: chegar a 1 bilhão de usuários por meio de plataformas de serviços digitais. O objetivo é ambicioso porque quem pretende alcançar esse universo é a brasileira Movile, uma startup de marketplace de serviços digitais. Com movimentos aqui e ali, a empresa de capital de risco, nascida em Campinas (SP) há quase uma década, amplia seu alcance.

A jogada mais recente ocorreu no início do mês, com a compra da Pedidos Já, plataforma de entrega de refeições, pela iFood, uma de suas empresas.

A Movile tem em seu portfólio a PlayKids (plataforma de conteúdo educativo infantil), Rappido Plataforma (plataforma de integração entre diferentes serviços, como delivery de comida e cupons de desconto) e Wavy (plataforma de conteúdo de mensagens para operadoras de telefonia móvel), das quais é criadora. Já no guarda-chuva do qual faz parte a iFood estão Sympla (plataforma para venda e gestão de ingressos e inscrições para eventos), Rappido Entregas (entregas de diferentes produtos), Maplink (plataforma de logística e geolocalização em nuvem), Superplayer e Zoop (plataforma aberta de pagamentos e serviços financeiros).

Eduardo Henrique, diretor de Novos Negócios e cofundador da Movile, ao lado do sócio Fabrício Bloisi, desconversa quando o assunto é a aposta do mercado quanto ao futuro do negócio. A Movile é apontada como uma das startups mais próximas do clube dos unicórnios – denominação dada às empresas de tecnologia que ultrapassam US$ 1 bilhão em valor de mercado.

O empreendedor prefere trabalhar com a inspiração de outro número e chegar a 1 bilhão de clientes nos próximos anos. “Não falo de valuation ou de abertura de capital. O conceito que eu gosto é de 1 bilhão de usuários felizes. É para isso que trabalhamos, fazemos planos de fusões e aquisições. Não pensamos pequeno. Queremos criar uma empresa global de US$ 15 bilhões, US$ 20 bilhões, US$ 30 bilhões. Esse é o nosso caminho”, afirma.

Parte do fôlego financeiro vem de dois investidores de peso. A Naspers, conglomerado de mídia sul-africano, tem papel protagonista, responsável pelo maior volume de recursos colocados na Movile. O outro sócio é o fundo Innova Capital, do empresário bilionário Jorge Paulo Lemann.

Capitalização

De junho de 2016 até agora, a Movile recebeu US$ 299 milhões em aportes financeiros. Ao câmbio atual, são cerca de R$ 1,2 bilhão de capitalização em pouco mais de dois anos. A maior e mais recente rodada de investimento (foram nove desde a criação do empreendimento, há 10 anos) foi anunciada em julho passado e chegou a US$ 124 milhões – até hoje, um dos maiores volumes de recursos investidos em uma startup brasileira. Parte desse capital teve como destino a compra do controle da Pedidos Já, conta Eduardo Henrique.

Os recursos da rodada mais recente serão aportados ainda em três segmentos de negócio: logística para entrega de comida dentro e fora do Brasil, em ingressos e em pagamentos. Nessa atividade em particular, a bola da vez é a Zoop, segundo o diretor de Novos Negócios. O plano é acelerar o crescimento da startup e expandir sua atuação na área de pagamentos.

Parte do entusiasmo do executivo vem do potencial que ele identifica na Zoop. Eduardo Henrique cita como exemplo o desempenho de outra startup brasileira, a PagSeguro, que movimentou US$ 2,2 bilhões na Bolsa de Nova York. “O que aconteceu com essa fintech (startup da área financeira) brasileira mostra o que o Brasil pode fazer nesse mercado. No caso da Zoop, oferecemos tecnologia para fazer com que outras empresas façam o que a PagSeguro tem hoje, por meio de uma plataforma white label. Por exemplo, a 99 poderia ter a sua própria plataforma de pagamento desenvolvida por nós”, detalha.

De uma forma geral, Eduardo Henrique avalia que há muitas oportunidades quando o assunto é tecnologia, principalmente quando se leva em consideração o potencial que o Brasil tem para crescer. Quanto ao negócio da alimentação, por exemplo, 95% das encomendas são feitas por telefone e apenas 5% por aplicativos, como o iFood e o Pedidos Já. O executivo lembra ainda que os smartphones ainda têm muito a avançar no país. “A área de tecnologia móvel, apesar da crise econômica, cresce a taxas maiores do que a economia de uma forma geral. A crise atrapalhou um pouco, mas o fato é que os usuários vão aderir cada vez mais ao uso de aplicativos”, prevê.



» DINHEIRO EM CAIXA
Aportes mais recentes recebidos pela Movile da Naspers e do fundo Innova Capital

Junho/16 US$ 40 milhões

Junho/17 US$ 53 milhões

Dezembro/17 US$ 82 milhões

Julho/18 US$ 124 milhões

 

 


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