As pessoas costumam enxergar os números de acordo com os seus próprios interesses – para o bem ou para o mal. É curioso como alguns indicadores divulgados nos últimos dias não mereceram a devida atenção. O índice da Fundação Getúlio Vargas que mede a confiança empresarial mostrou avanço de 0,9 ponto entre os meses de junho e julho. É pouco, mas é também uma mudança de perspectiva. Outro estudo, desta vez realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, apontou que 44% dos empresários dos ramos de varejo e serviços estão otimistas com o segundo semestre, enquanto 38% acham que ele será igual e só 14% apostam na piora de cenário. Não dá para negar que o país vive uma série de desafios econômicos, mas também é preciso reconhecer que a situação talvez não seja tão grave quanto os defensores do apocalipse pregam por aí. O Brasil continua no radar dos investidores estrangeiros, há grande volume de reservas, a inflação está baixa e o juro chegou ao menor patamar da história. É isso o que os números dizem de verdade.
Se os bancos tradicionais não mudarem, vão perder cada vez mais clientes
Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank, uma das maiores fintechs do Brasil
R$ 118 bilhões
É quanto os bancos estimam emprestar em 2018 para a compra de imóveis, o que representa avanço de 17% em relação a 2017. Os números são da Abecip, associação que representa os financiadores de imóveis
Empresas de ônibus resistem à concorrência
Táxi, Uber, aplicativos de carona. Não faltam ameaças às empresas de ônibus. Mesmo assim, elas estão conseguindo driblar a concorrência. De acordo com a ClickBus, líder nacional em vendas on-line de passagens rodoviárias, o setor terá vida longa. As vendas no primeiro semestre de 2018 aumentaram 77% ante o mesmo período do ano passado. Para os próximos seis meses, a companhia espera atingir crescimento de 30% na comercialização de passagens em comparação ao primeiro semestre deste ano.
O avanço do seguro digital
Depois de se tornar a maior insurtech (empresa de tecnologia na área de seguros) do Brasil, ao comprar a corretora digital Bidu, a Thinkseg adotará um novo modelo de negócios na relação com seus parceiros. Trata-se de sistema pay-by-use, de custo variável. Na prática, ela conecta seguradoras a corretores com sistemas de cotação integrados. “O corretor cadastrado poderá acessar novos clientes gerados pela plataforma ou indicar clientes para ela”, diz André Gregori, fundador e CEO da Thinkseg.
Sense Bike aposta no mercado para as mulheres
A fabricante mineira de bicicletas Sense Bike está determinada a buscar a liderança da rival Caloi, que pertence ao grupo canadense Dorel. A empresa sediada em Nova Lima fará neste mês sua maior ofensiva comercial, com o lançamento de uma série de modelos. Entre eles, bikes voltadas às mulheres, segmento que desponta como a grande aposta para aumentar as vendas. Há três meses, a Sense comprou a multinacional Swift Carbon, fabricante sul-africana com unidades também em Portugal.
RAPIDINHAS
Não é só no Brasil que grandes empresários estão enrolados com a Justiça. Maior fazendeiro dos Estados Unidos e dono da companhia Wonderful, líder mundial na produção de amêndoas, pistaches e sucos de romã, o bilionário Stewart Resnick está sendo acusado de roubar um bem precioso: água.
As plantações de Resnick na Califórnia continuam verdes apesar da paisagem desértica das fazendas vizinhas. O milagre pode ser na verdade um crime. Segundo uma série de denúncias, ele se apropriou de maneira ilegal de reservas de água que são públicas e, tão grave quanto, desviou o líquido de outros fazendeiros. O caso é um escândalo nacional.
A diversificação do mercado brasileiro de ensino está ultrapassando velhas fronteiras. Exemplo disso é a parceria da irlandesa Seda College com a brasileira Ophicina de Inovação, que está desenvolvendo programas para ensino de inglês para deficientes auditivos. A ideia é contribuir para a inserção deles mercado de trabalho.
A gigante japonesa de tecnologia Rakuten, avaliada em US$ 15,2 bilhões, pretende investir na popularização de sua plataforma de meios de pagamento, semelhante ao sistema utilizado pelo PayPal. Por ordem do CEO Hiroshi Mikitani, a companhia vai intensificar negociações com grandes empresas de e-commerce do mundo, inclusive no Brasil.