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Estado de Minas

Lucro da Petrobras cresce 44,7% e chega a R$ 10,07 bi

Resultado da estatal no segundo trimestre é 32 vezes maior do que o registrado em igual período de 2017. Maior fatia do mercado de gasolina e diesel alavancou ganho


postado em 04/08/2018 06:00 / atualizado em 04/08/2018 08:27

Queda na importação elevou fator de utilização das refinarias no país, que hoje operam com 81% da capacidade(foto: Washington Alves/Petrobras BETIM / BRASIL - 27.03.2018)
Queda na importação elevou fator de utilização das refinarias no país, que hoje operam com 81% da capacidade (foto: Washington Alves/Petrobras BETIM / BRASIL - 27.03.2018)

A Petrobras registrou no segundo trimestre lucro líquido de R$ 10,072 bilhões, cerca de 32 vezes maior que o resultado de R$ 316 milhões no mesmo intervalo de 2017. Em comparação com o primeiro trimestre, foi apurado um aumento de 44,7%. O resultado é o melhor para o período desde 2011. Segundo comentário da administração que acompanha o demonstrativo financeiro, a elevação no comparativo trimestral reflete o aumento do market share de diesel e gasolina, “devido à redução de importação por terceiros, resultando em crescimento de 6% das vendas no mercado interno, com destaque para o diesel, que cresceu 15%”.


A receita de vendas foi de R$ 84,395 bilhões, alta de 25,9% ante o segundo trimestre de 2017 e de 13% na comparação com o primeiro trimestre deste ano. A receita ficou dentro da média de R$ 82,196 bilhões esperada pelos analistas. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no critério ajustado somou R$ 30,067 bilhões, um aumento de 17% sobre o primeiro trimestre, “devido às maiores margens de vendas”, como destaca o relatório. Em relação ao segundo trimestre do ano passado o aumento foi de 57,4%. A margem Ebitda ajustada foi de 36%, acima dos 35% três meses antes e dos 29% um ano atrás.


No primeiro semestre, o lucro líquido foi de R$ 17,033 bilhões, 257% maior que no mesmo período do ano passado e o melhor resultado para o período desde 2011. “Este resultado foi possível devido às maiores margens de exportação de óleo, principalmente por conta do aumento no Brent, e de venda de derivados no Brasil, que mais que compensaram a queda no volume de vendas de derivados (principalmente gasolina e nafta) e na exportação de petróleo”, conforme a mensagem da administração.

Investimentos Os investimentos da Petrobras totalizaram R$ 11,311 bilhões no segundo trimestre deste ano, baixa de 1,23% em relação à cifra de igual intervalo de 2017, de R$ 11,452 bilhões, e alta de 14% em relação aos desembolsos do primeiro trimestre, de R$ 9,948 bilhões. A maior parte dos investimentos foi direcionada à área de exploração e produção (E&P), que recebeu R$ 9,717 bilhões de abril a junho deste ano, alta de 6,91% ante o segundo trimestre de 2017.


Na sequência, apareceram os segmentos de abastecimento, com aporte de R$ 930 milhões (recuo de 12% ante o segundo trimestre de 2017); gás & energia, com R$ 381 milhões (valor 65,86% menor em relação a abril a junho de 2017); distribuição, com R$ 111 milhões (44% mais do que em igual intervalo de 2017); biocombustível, com R$ 11 milhões (queda de 26,6% ante o segundo trimestre do ano passado); e corporativo, com R$ 161 milhões (64,3% superior a igual intervalo de 2017).

Produção A Petrobras produziu um total de 2,659 milhões de barris por dia de petróleo, LGN e gás natural no Brasil e no exterior no segundo trimestre deste ano, o que representa recuo de cerca de 4,21% em relação a igual intervalo do ano anterior. Na comparação aos três meses imediatamente anteriores, esse número teve ligeira queda de 1%. A produção de petróleo e LGN totalizou 2,122 milhões de barris por dia, uma queda de 4,63% ante igual intervalo de 2017 e de 1% em relação ao primeiro trimestre. A produção de gás natural, por sua vez, chegou a 537 mil barris por dia, com leve diminuição de 2,54% na relação anual e avanço de 1% em relação aos primeiros três meses de 2018.


Diante da menor competição com produtos importados, o fator de utilização do parque de refino da Petrobras no Brasil atingiu 81% no segundo trimestre deste ano, o que representa um avanço de 9 pontos percentuais na comparação com os primeiros três meses do ano e de três pontos em relação a igual período de 2017. Por outro lado, o aumento da carga processada nas refinarias pressionou a exportação de petróleo, que diminuiu. Houve ainda aumento das importações de petróleo pela estatal, devido à maior carga processada e ao volume importado para processamento no próximo trimestre, explicou a empresa. O saldo líquido de importação de derivados foi em decorrência do aumento das vendas no mercado interno, principalmente do diesel.

Preços O preço de derivados básicos comercializados pela petroleira no mercado interno no segundo trimestre foi de R$ 292,33 o barril, ante R$ 219,48 o barril um ano antes e R$ 255,61 o barril no primeiro trimestre de 2018. A elevação na comparação anual foi de 33,2%, ao passo que na trimestral ficou em 14%. No segundo trimestre, o preço do Brent chegou a R$ 268,17 o barril, o que implica valorização de 67,64% ante igual período de 2017 e de 24% na comparação trimestral. Em dólares, o Brent atingiu US$ 74,35, com aumento de 49,21% na relação anual e de 11% na trimestral.


O preço de venda do petróleo praticado no Brasil foi de US$ 67,78 o barril, ante US$ 47,25 um ano antes e US$ 62,27 no primeiro trimestre de 2018. A elevação foi de 43,45% na comparação anual e de 9% na trimestral. O preço do gás natural chegou a US$ 40,08 por barril, com avanço de 3% na relação anual e praticamente igual ao primeiro trimestre, quando foi de US$ 40,10.


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