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Estado de Minas

Petroleira portuguesa confirma interesse no Brasil

Durante a divulgação dos resultados, o presidente da portuguesa Galp Energia falou em buscar "diferentes oportunidades"no país, que representa cerca de 90% da sua receita


postado em 01/08/2018 06:00 / atualizado em 01/08/2018 08:18

No mês passado, a Galp confirmou a compra de uma participação de 3% na licença do bloco BM-S-8 (Caracará), na bacia de Santos, no litoral paulista(foto: GALP/DIVULGAÇÃO)
No mês passado, a Galp confirmou a compra de uma participação de 3% na licença do bloco BM-S-8 (Caracará), na bacia de Santos, no litoral paulista (foto: GALP/DIVULGAÇÃO)

São Paulo – Os resultados obtidos com a operação brasileira da Galp Energia, petrolífera portuguesa, animaram Carlos Gomes da Silva, CEO da empresa, durante a divulgação dos resultados do primeiro semestre. A companhia anunciou lucro de 387 milhões de euros,  aumento de 68% em comparação ao desempenho dos primeiros seis meses de 2017.


Durante conferência com analistas, o executivo não descartou o aumento de investimentos no país, onde a empresa opera há 20 anos. O executivo avalia a possibilidade de novos negócios. “Conhecemos muito bem os recursos do Brasil e olhamos sempre para este mercado com uma abordagem de criação de valor”, disse.
No mês passado, a Galp confirmou a compra de uma participação de 3% na licença do bloco BM-S-8 (Caracará), na bacia de Santos (litoral paulista), que estava nas mãos da Equinor (ex-Statoil), com o desembolso de US$ 114 milhões. Aos analistas, Silva afirmou que irá continuar a olhar para diferentes oportunidades no mercado brasileiro. Antes, em junho, a companhia, por meio da subsidiária Petrogal Brasil, adquiriu 14% de participação no bloco de exploração petrolífera Uirapuru, na 4ª Rodada de Partilha de Produção realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).


O aumento da produção de petróleo e gás no Brasil, além do resultado melhor da cadeia de abastecimento e a medidas de eficiência energética, levou a companhia a aumentar a produção média total em 20%, para 108,1 mil barris diários, na comparação com igual período de 2017.


A entrada em operação da sétima unidade do tipo FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading), instalada no pré-sal da bacia de Santos, ajudou no desempenho ao chegar à sua capacidade máxima. Mas também contou nesse resultado a alta do barril de petróleo no mercado internacional, que aumentou cerca de US$ 20 em comparação ao ano passado.


A previsão da petroleira é que a produção continue a avançar em 2019, graças à entrada em operação prevista para 2018 de duas unidades de produção adicionais no Brasil.


A Petrobras é uma das principais parceiras da Galp Energia no Brasil. Apesar dos problemas da empresa brasileira nos últimos anos, o CEO da petroleira portuguesa diz que nada mudou na relação entre as duas, que continuam “a trabalhar de forma próxima”. “A relação entre as empresas vai além disso”, disse Silva, em referência aos percalços causados pelas denúncias de corrupção e, mais recentemente, os problemas causados pela greve dos caminhoneiros, como a interferência do governo na política de preço do diesel, que resultou no pedido de demissão de Pedro Parente.


A Galp opera na bacia de Santos desde 2000 e tem negócios nas bacias de Potiguar, Pernambuco-Paraíba, e na bacia de Barreirinhas. Além disso, atua em projetos onshore como operadora de blocos na bacia de Sergipe-Alagoas e de Parnaíba. De janeiro a junho, a exploração e produção nesses projetos aumentou 23%.


Com os investimentos feitos até hoje, a Galp se tornou uma das quatro maiores produtoras de petróleo do país. Em fevereiro, foi anunciado que os investimentos no pré-sal brasileiro serão de cerca de 1 bilhão de euros até 2020.

REFORÇO BRASILEIRO Outra petroleira que destacou o potencial da participação brasileira em seu resultado foi a BP, que teve lucro líquido de US$ 2,8 bilhões no segundo trimestre,  aumento de 19,4 vezes em relação aos US$ 144 milhões obtidos entre abril e junho de 2017. Assim como foi apontado pela Galp, a alta do preço do barril de petróleo contribuiu para os bons números.


Segundo a companhia, a expansão da operação no pré-sal brasileiro após a vitória na 4ª rodada da ANP, em junho, deve ter impactos positivos nos seus números.


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