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Estado de Minas

Chineses vão investir R$ 400 milhões na construção de termoelétricas na Bahia


postado em 11/07/2018 11:18

O grupo chinês Jiangsu Communication Clean Energy Technology (CCETC) deve anunciar nas próximas semanas seu primeiro investimento no Brasil, apurou o

‘Estado’

com fontes a par do assunto. A empresa vai fazer um aporte de cerca de R$ 400 milhões para construir duas termoelétricas na Bahia: Camaçari Muricy II e Pecém Energia, de 143 megawatts (MW) cada.

O valor inclui a compra do controle das duas SPEs (Sociedades de Propósito Específico) e recursos para levantar as usinas movidas a óleo diesel. O grupo chinês terá cerca de 50% de participação nas empresas, que tinham como sócios a Petrobrás e um fundo de investimento chamado MDC, gerido pela Pacifico Administração de Recursos.

O negócio envolve a participação do fundo, mas os chineses podem comprar 100% das térmicas futuramente. Isso porque a Petrobrás, por meio da BR Distribuidora, anunciou na semana passada a intenção de vender as térmicas dentro de seu programa de desinvestimento. A estatal tem 45% de participação na Pecém Energia e 50% na Energética Camaçari Muricy II - ambas em estágio pré-operacional. As duas usinas deverão começar a operar em outubro de 2020.

Procurada, a Petrobrás afirmou que não pode comentar o assunto. A Greenhill, que assessora o MDC, e o banco Haitong, que está com os chineses, não se pronunciaram. A CCETC também foi procurada, mas não respondeu até o fechamento da reportagem. A Pacifico não se manifestou.

Embora ainda não tenha oficializado o negócio, os chineses já se encontraram com o governador da Bahia, Rui Costa (PT), para falar dos investimentos nas duas termoelétricas. A empresa asiática se comprometeu com o governo baiano a contratar 70% da mão de obra local. As duas térmicas serão construídas no município de Dias D’Ávila, na região metropolitana de Salvador.

Evolução

As usinas têm histórico longo. Foram contratadas num leilão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2006, mas a homologação da outorga só ocorreu em 2014. Nesse período, houve muitas idas e vindas, com disputas judiciais em relação ao resultado do leilão, algumas solicitações de mudanças nas características técnicas do projeto e pedido de reajuste de 37% na receita fixa das duas térmicas para recomposição do equilíbrio econômico financeiro dos contratos de venda de energia.

A justificativa das empresas é que uma série de fatores impossibilitou que as obras fosse feitas no cronograma original e que a crise alterou as condições de financiamento. O pleito, no entanto, não foi aprovado pela Aneel. Em contrapartida, o cronograma de construção da usina foi aprovado pela agência reguladora. As informações são do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Mônica Scaramuzzo e Renée Pereira)


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