MERCADO S/A - Algumas empresas estão comemorando os resultados no Brasil

Na Toyota e Grupo GR, retomada é para valer
Apesar do ritmo lento da retomada da economia, algumas empresas estão comemorando os resultados no Brasil. A partir de novembro, as duas fábricas da Toyota no país vão funcionar em sistema de três turnos, já preparando terreno para o aumento da demanda em 2019. Há alguns dias, a montadora japonesa lançou o Yaris (foto), o terceiro modelo da marca feito no mercado nacional, com a expectativa de vender 5,8 mil unidades por mês. Em 2018, a Toyota completa 60 anos de Brasil e espera comemorar a data com venda recorde de 200 mil carros. O Grupo GR, um dos líderes no setor de serviços de segurança e manutenção, também está em festa. Segundo o presidente Maurice Braunstein, 2018 será o melhor dos 26 anos de história da empresa. “Até agosto, não posso assinar mais nenhum novo contrato”, diz. A razão para o fenômeno é o aumento da procura por terceirização. Com faturamento anual na casa de R$ 500 milhões, o Grupo GR deve fechar o ano com 11 mil funcionários, acréscimo de 10% sobre o número atual.

As cores digitais da Basf
A alemã Basf, maior empresa química do mundo, resistiu a entrar no e-commerce, mas hoje está empolgada com os resultados da divisão on-line. Nesta semana, a companhia celebra o primeiro ano de vendas pela internet da sua marca de tintas Suvinil, que recebeu 1 milhão de visitantes. “Nos próximos quatro anos, estimamos que as vendas on-line representarão 15% de nossos negócios”, diz Wagner Kool, gerente estratégico da Suvinil. “Já estamos prontos para expandir o serviço para outras regiões do país”.

Melitta segue os passos da Nespresso
A multinacional alemã Melitta, conhecida por sua atuação no setor de café, vai entrar no mercado de cápsulas compatíveis com o sistema Nespresso. O lançamento faz parte da estratégia da empresa de expandir sua presença nos lares brasileiros. O presidente da Melitta para a América do Sul, Marcelo Del Nero Barbieri, afirma que a decisão será a primeira de uma série de outras iniciativas para estimular o crescimento da marca em 2018.

Sears coloca sobrevivência em xeque
A rede de departamentos Sears anunciou nesta semana o fechamento de 63 lojas nos Estados Unidos. Em menos de 2 anos, foram eliminados 500 endereços, o que fará a empresa encerrar o ano com, no máximo, 800 unidades. Eram 2,5 mil em 2013. Criada em 1925, a Sears não está conseguindo resistir ao crescimento avassalador das vendas on-line, movimento irreversível liderado pela Amazon e que coloca em risco o futuro de lojas tradicionais do varejo.

R$ 19,5 bilhões foi quanto os bancos brasileiros investiram em tecnologia no ano passado, segundo dados da Febraban. Nenhum outro setor desembolsa tantos recursos nessa área.


RAPIDINHAS

l A AMG Mineração, a maior produtora de concentrados minerais de tântalo no mundo, aposta suas fichas na expansão mundial do consumo de lítio, matéria-prima de baterias para eletroeletrônicos, notebooks e carros elétricos. A empresa inaugurou em Nazareno (MG) uma unidade de espodumênio, mineral que está presente no rejeito da produção de concentrado de tântalo.

l O anúncio de que a Atvos, empresa de etanol do grupo Odebrecht, terá dificuldade para pagar os juros de sua dívida preocupa o setor sucroalcooleiro. Grandes empresas concorrentes temem que um eventual calote prejudique a captação de novos financiamentos e encareça os empréstimos.


l A subsidiária brasileira da britânica Diageo, dona de marcas como Smirnoff, Bailey’s e Johnnie Walker, quer ser conhecida como uma empresa amiga do meio ambiente. Para isso, a companhia está turbinando o programa de reciclagem de vidro Glass is good, a maior iniciativa desse tipo no mundo.

l O programa já coletou 21 mil toneladas de vidro no Brasil, volume equivalente a 43 milhões de garrafas de um litro. Por enquanto, a iniciativa, apoiada por marcas como Heineken, Pernod Ricard e Müller, funciona em Belo Horizonte, Fortaleza, Natal, Recife e São Paulo.