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Estado de Minas FISCALIZAÇÃO DE PREÇOS

Força-tarefa vistoria estabelecimentos comerciais de BH e entorno

Operação Preço Justo, da Polícia Civil, se dá devido ao desabastecimento provocado pela greve dos caminhoneiros


postado em 02/06/2018 07:20 / atualizado em 02/06/2018 07:31

Segundo os policiais, que estiveram nessa sexta-feira no Mercado Central em BH, operação também tem caráter educativo(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Segundo os policiais, que estiveram nessa sexta-feira no Mercado Central em BH, operação também tem caráter educativo (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) conduziu na tarde dessa sexta-feira mais uma etapa da Operação “Preço Justo”’, em lojas do Mercado Central de Belo Horizonte. O objetivo é apurar a prática de possíveis preços abusivos no varejo, em razão da paralisação dos caminhoneiros, que provocou desabastecimento de mercadorias no atacado e no comércio final. Nenhum dos estabelecimentos visitados no tradicional centro de compras da capital apresentou irregularidades durante o período em que a reportagem do Estado de Minas acompanhou a fiscalização.A

 

“O Mercado Central tem uma característica: nosso comerciante é muito fiel ao cliente dele. Então, ele prefere, como aconteceu (durante a manifestação dos caminhoneiros), deixar as portas fechadas. Isso ocorreu com carne suína, ovos, queijos etc. Agora, o abastecimento normalizou. É uma relação de amizade entre o cliente e o fornecedor”, garantiu o superintendente do Mercado Central de BH, Luiz Carlos Braga. O local abriga 400 lojas, sendo que algumas delas foram visitadas pela Polícia Civil durante todo o dia.

 

Na Grande BH, cerca de 50 policiais civis trabalharam nessa sexta nas cidades de Santa Luzia, Ribeirão das Neves, Sabará, Vespasiano, além da capital. Eles se dedicam, principalmente, à verificação de preços nos postos de gasolina e supermercados. De acordo com o delegado da PCMG Matheus Cobucci, responsável pela força-tarefa, é considerado abusivo qualquer produto cujo preço estiver 20% acima do seu valor de mercado. Para isso, a Polícia Civil recebe apoio de fiscais do Procon, que, com pranchetas nas mãos, avaliam os estabelecimentos comerciais.

 

Até sexta-feira, segundo Cobucci, três pessoas já foram detidas durante a fiscalização. Neste caso, o administrador do comércio deve ser encaminhado a uma unidade da delegacia móvel. O processo é respondido em liberdade, enquanto as multas são aplicadas pelo Procon.

 

Ainda segundo ele, a operação tem caráter educativo. Por isso, as autoridades orientam os comerciantes, para que o consumidor final se mantenha seguro. Desde o início da fiscalização, no último dia 24, a operação já visitou mais de 1 mil lojas do estado, sendo 24 supermercados de Belo Horizonte. O trabalho se volta a todas as regiões do estado.

 

Consumo As vendas totais do varejo brasileiro em abril, excluídos os negócios de automóveis e materiais de construção, registraram avanço de 0,3% em comparação ao verificado no mesmo mês de 2017, constatou o indicador de varejo SpendingPulse, da operadora de cartões de crédito Mastercard. Já a média das vendas entre fevereiro e abril foi 2,6% superior ao verificado no período equivalente do ano anterior. Os destaques para o mês ficaram com os setores de móveis e eletrodomésticos; supermercados; artigos farmacêuticos; material de construção, além de artigos de uso pessoal e doméstico, de acordo com nota divulgada pela Mastercard.

 

Na mesma base de comparação, o comércio eletrônico registrou alta de 27,5%, revelou o indicador. No varejo on-line, diz a empresa, os setores de eletrônicos, móveis e artigos farmacêuticos apresentaram desempenho superior à média do canal de distribuição. Na outra ponta, as vendas de vestuários e hobby & livraria ficaram abaixo da média.

 

O economista-chefe da Mastercard Advisors no Brasil, César Fukushima, atribuiu o desempenho menos intenso de abril a uma antecipação das compras de Páscoa. “Como comemoramos a Páscoa no início de abril, muitos consumidores adiantaram suas compras em março”, disse o economista. Ele argumenta ainda que o fato de o feriado de Tiradentes ter ocorrido num fim de semana influenciou o resultado. Para a Mastercard, as vendas devem continuar em ritmo “modesto”.

vendas encolhem

Com resultado afetado pela greve dos caminhoneiros, a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), entidade que representa as concessionárias de veículos, divulgou nessa sexta-feira queda de 7,11% das vendas na passagem de abril para maio. O balanço engloba os mercados de carros de passeio, utilitários leves – como picapes e vans –, caminhões e ônibus. O volume, de 201,9 mil unidades, ainda mostrou alta, de 3,24%, na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado dos cinco primeiros meses de 2018, as vendas registraram crescimento de 17,02%, chegando a 964,7 mil veículos. Mas o setor poderia ter fechado maio com resultados melhores não fosse a parada do transporte de cargas, que interrompeu a produção de praticamente todas as montadoras e as entregas às concessionárias.


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