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Estado de Minas

Canadá anuncia pedido de disputa na OMC contra tarifas 'punitivas' dos EUA


postado em 01/06/2018 21:18

São Paulo, 01 - A ministra de Relações Exteriores do Canadá, Chrystia Freeland, anunciou nesta sexta-feira que o país registrou um pedido de consultas contra os Estados Unidos na Organização Mundial do Comércio (OMC) em relação às tarifas impostas por Washington sobre a importação de aço e alumínio do vizinho ao norte e, "mais amplamente, em relação ao uso inapropriado pelos EUA de pretextos de segurança nacional para propósitos protecionistas".

Ottawa já havia prometido ontem aplicar a partir de 1º de julho tarifas retaliatórias sobre 16,6 bilhões de dólares canadenses em produtos americanos.

"Como um aliado-chave dos Estados Unidos no NORAD (na sigla em inglês, o Comando Norte-Americano de Defesa do Espaço Aéreo) e na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), e como o cliente número 1 de aço americano, o Canadá vê as restrições comerciais dos EUA impostas sobre aço e alumínio canadenses como absolutamente inaceitáveis", ressalta a chanceler em comunicado.

Ela garantiu ainda que o Canadá vai colaborar "de perto" com a União Europeia, que a partir de hoje também se tornou alvo das cobranças adicionais americanas sobre produtos siderúrgicos, "bem como com outros países de igual mentalidade na oposição a essas tarifas".

Para Freeland, as tarifas "unilaterais" foram impostas por Washington sob um "falso pretexto de salvaguardar a segurança nacional dos EUA" e são "inconsistentes" com as obrigações comerciais do país e com regras da OMC.

No comunicado, a ministra aponta ainda que o Canadá abrirá ainda hoje um procedimento sob o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês) para "abordar a violação pelos Estados Unidos de regras" desse acordo.

"É inteiramente inapropriado ver qualquer comércio com o Canadá como uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos. O Canadá é um fornecedor seguro de aço e alumínio comercializados justamente para a defesa e a segurança dos EUA", sublinha Freeland.

(Nicholas Shores)


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