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Estado de Minas

Setor público tem superávit primário de R$ 2,900 bilhões em abril, diz BC


postado em 30/05/2018 11:18

Brasília, 30 - Em meio às dificuldades do governo na área fiscal, o setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) apresentou superávit primário de R$ 2,900 bilhões em abril, informou nesta quarta-feira, 30, o Banco Central. Em março, havia sido registrado déficit de R$ 25,135 bilhões e, em abril de 2017, um superávit de R$ 12,908 bilhões.

O resultado primário consolidado do mês passado ficou muito abaixo das estimativas de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que iam de superávit de R$ 6,5 bilhões a superávit de R$ 12,5 bilhões. A mediana estava positiva em R$ 8,153 bilhões.

O resultado fiscal de abril foi composto por um superávit de R$ 5,360 bilhões do Governo Central (Tesouro, Banco Central e INSS). Já os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado negativamente com R$ 2,486 bilhões no mês. Enquanto os Estados registraram um déficit de R$ 2,145 bilhões, os municípios tiveram resultado negativo de R$ 341 milhões. As empresas estatais registraram superávit primário de R$ 26 milhões.

Acumulado do ano

As contas do setor público acumulam um superávit primário de R$ 7,291 bilhões no ano até abril, o equivalente a 0,33% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central.

A meta de déficit primário do setor público consolidado considerada pelo governo é de R$ 161,3 bilhões para 2018.

O superávit fiscal no ano até abril pode ser atribuído ao resultado positivo dos governos regionais (Estados e municípios), que acumularam superávit primário de R$ 10,632 bilhões (0,48% do PIB). Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 7,909 bilhões, os municípios tiveram um saldo positivo de R$ 2,742 bilhões (0,12% do PIB).

O Governo Central, por sua vez, acumulou déficit de R$ 2,646 bilhões (0,12% do PIB). As empresas estatais registraram um resultado negativo de R$ 695 milhões no período.

12 meses

As contas do setor público acumulam déficit primário de R$ 118,397 bilhões em 12 meses até abril, o equivalente a 1,78% do PIB, informou o Banco Central. Este porcentual é o maior desde novembro do ano passado (2,28%).

O déficit fiscal nos 12 meses encerrados em abril pode ser atribuído ao rombo de R$ 118,377 bilhões do Governo Central (1,78% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram superávit de R$ 267 milhões (0,00% do PIB) em 12 meses até abril.

Enquanto os Estados registraram superávit de R$ 535 milhões, os municípios tiveram um saldo negativo de R$ 269 milhões. As empresas estatais registraram resultado negativo de R$ 287 milhões no período.

Déficit nominal

O setor público consolidado registrou um déficit nominal de R$ 26,751 bilhões em abril. Em março, o resultado nominal havia sido deficitário em R$ 57,631 bilhões e, em abril de 2017, deficitário em R$ 15,423 bilhões.

No mês passado, o Governo Central registrou déficit nominal de R$ 18,731 bilhões. Os governos regionais tiveram saldo negativo de R$ 7,465 bilhões, enquanto as empresas estatais registraram déficit nominal de R$ 556 milhões.

No ano até abril, há déficit nominal correspondente a 5,08% do PIB, com saldo de R$ 111,562 bilhões. Em 12 meses até o mês passado, o déficit nominal correspondeu a 1,78% do PIB, com saldo negativo de R$ 118,397 bilhões.

Gasto com juros

O setor público consolidado teve gasto de R$ 29,651 bilhões com juros em abril, após esta despesa ter atingido R$ 32,496 bilhões em março, informou o Banco Central. Apesar da queda da taxa Selic nos últimos meses, o gasto do mês passado é maior que o registrado em abril de 2017, quando a conta somou R$ 28,331 bilhões.

O Governo Central teve no mês passado despesas na conta de juros de R$ 24,091 bilhões. Já os governos regionais registraram gasto de R$ 4,979 bilhões e as empresas estatais, de R$ 581 milhões.

No ano até abril, as despesas com juros somaram R$ 118,853 bilhões (5,41% do PIB). Nessa comparação do acumulado em quatro meses, a conta cai e o valor é menor que os R$ 138,821 bilhões registrados em igual período de 2017 (6,58% do PIB).

Em 12 meses, as despesas com juros passaram atingiram R$ 380,858 bilhões até abril (5,73% do PIB).

(Fabrício de Castro e Fernando Nakagawa)


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