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Estado de Minas

Na Cadeg, no Rio, mercadoria não entra e não sai


postado em 24/05/2018 17:06

Rio de Janeiro, 24 - Comerciantes da Cadeg, um dos principais entrepostos de produtos alimentícios do Rio de Janeiro, já não conseguem nem receber nem despachar mercadorias. Vinicius Guedes, dono de uma distribuidora que atende vários restaurantes da cidade, mandou doar um caminhão de hortaliças no trajeto entre a Ceasa de Sumidouro, em Friburgo, na região serrana do estado, e a central. O caminhão foi impedido de passar em Itaboraí, onde funciona um dos principais bloqueios dos caminhoneiros no Estado.

"O prejuízo foi de R$ 10 mil. A Ceasa de Sumidouro está abarrotada de alimentos que eles não conseguem despachar para o Rio", diz Guedes.

Segundo ele, os comerciantes que têm frota própria, como ele, estão sendo alertados pelos caminhoneiros para não insistir. O estoque da loja só não acabou porque os motoristas dele alertaram sobre a greve e ele fez um estoque maior de alguns produtos que têm maior duração. "Não recebo hortaliça desde terça-feira. O estoque de batata está acabando e o de cebola já acabou. Hoje, só recebi um caminhão de laranja que conseguiu furar o bloqueio", completa, frisando que o que ainda tem vai para os clientes mais antigos.

Outro estabelecimento teve dois caminhões atingidos por pedras no bloqueio de Itaboraí. Eles saíram da Cadeg em direção à Cabo Frio, na região dos Lagos, com produtos para merenda das escolas municipais. Estão parados aguardando a abertura da estrada para passar. O prejuízo é estimado em mais de R$ 100 mil, já que parte da carga é perecível e os dois para-brisas ficaram quebrados.

Na manhã desta quinta-feira, 25, vários estabelecimentos permaneceram fechados. Os produtos que já estão faltando são os que estragam mais rápido: ovos, batata e cebola, principalmente. "Nunca vi isso. Trabalho há 48 anos na Cadeg e nem na época do racionamento", diz o comerciante José Roberto Martins, cujo estoque está praticamente zerado. "Não recebo nada desde segunda-feira e estou há dois dias sem vender", diz.

(Renata Batista)


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