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Estado de Minas

Levantaram a bola para o Brasil fazer gol, diz Steinbruch sobre aço


postado em 14/03/2018 13:48

São Paulo, 14 - O presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, cobrou o governo brasileiro de tomar uma medida para proteger o mercado brasileiro de um eventual fluxo de entrada de produtos chineses - não só o aço - ao País. Segundo ele, o jogo comercial global foi alterado depois de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou medida para sobretaxar o aço e alumínio importado.

"O que está sendo discutido neste momento é emprego e renda. Essa questão, por parte do governo, tem que ser imediata. Eu duvido que o governo não faça nada. Levantaram a bola para o governo, em um ano de eleição", disse o executivo, em reunião com analistas e jornalistas na sede da companhia.

Steinbruch disse que qualquer movimento não é setorial, mas uma medida a ser adotada precisa englobar, na prática, todos os setores. Destacou, contudo, que até o momento o governo não se pronunciou sobre esse tema. "Ou seremos um grande shopping center de produtos importados ou um país com infraestrutura, com investimento intensivo de capital. Essa é uma discussão mais profunda. O jogo foi alterado e cada País precisa se colocar. Levantaram a bola para o Brasil fazer gol."

O presidente da CSN colocou a medida de elevar as taxas de importação do aço e alumínio nos Estados Unidos como uma oportunidade para o Brasil e que o País só será penalizado caso não se posicione e acabe sendo destino de aço importado, principalmente do vindo na China. "A questão do aço e alumínio é um ponto. Houve uma mudança do eixo comercial do mundo. Temos que ser parte disso", afirmou.

Steinbruch reconheceu que o ano eleitoral pode afetar, mas disse que o Brasil não pode perder o momento para tomar qualquer tipo de medida. "Não consigo ver um país no médio longo prazo sem uma indústria intensiva de capital", disse.

Quanto à sobretaxa, o executivo disse que há pouco efeito para a indústria siderúrgica nacional, visto que o aço hoje exportado aos Estados Unidos pode ser redirecionado ao mercado interno, cuja demanda crescerá neste ano, que possui margens melhores.

(Fernanda Guimarães)


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