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Estado de Minas

Entrevista com David Brunce, sócio da KPMG. ''O centro é o melhor caminho''

Extremismo na política pode ser fatal para a atração de investimentos


postado em 29/12/2017 12:00 / atualizado em 29/12/2017 16:57

 

(foto: KPMG divulgação)
(foto: KPMG divulgação)
Quais são as suas expectativas para 2018, considerando uma economia mais estável e um PIB maior?
De modo geral, a expectativa é positiva para 2018. Com as informações que temos hoje, a tendência é um aumento no volume de fusões e aquisições, repetindo o que já ocorreu em 2017. Até porque o crescimento econômico está dado, seja 2,5%, seja 3,5%, ou algo próximo disso.

Será, portanto, um ano com menos turbulências no horizonte?
É preciso fazer uma ressalva importante: os investimentos, especialmente os de longo prazo, são muito dependentes de expectativas. Não é apenas a situação econômica atual, as expectativas influem muito nesse processo.

Como isso ocorre?
Vamos pensar nos investimentos estrangeiros que podem vir para cá, a compra de empresas no Brasil. Alguns desses negócios já se movimentaram em 2017. Outros grupos estão querendo aumentar suas posições no mercado brasileiro neste momento de recuperação da economia, quando os preços ainda não estão tão altos. Ou seja, existem várias companhias com esse pensamento.

O senhor quer dizer que, se houver uma mudança de expectativa, o fluxo de investimentos pode diminuir?
Muitas empresas estão com o projeto Brasil pendente porque se preocupam com a situação política a partir das próximas eleições. Essas companhias vão definir o que fazer de acordo com o cenário político. Isso vai pesar bastante.

 

O que pode ocorrer?
Se as pesquisas começarem a indicar um caminho do meio, ou seja, um projeto político que inclua uma ortodoxia econômica, acho que a tendência é consolidar as operações em andamento e atrair novos potenciais compradores que esperam uma definição melhor do cenário. Para os investidores, o centro é o melhor caminho.

E se as pesquisas mostrarem o contrário, ou seja, o avanço dos candidatos de posições nos extremos?
Se começar uma incerteza maior, e o Brasil caminhar para uma solução populista, seja para a esquerda ou para a direita, isso poderá afetar muito a decisão de investimento. Os estrangeiros interessados no país poderão colocar o pé no freio, porque ninguém vai investir no longo prazo em um cenário caótico ou difícil de prever.


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