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Estado de Minas

Fim de devolução de recursos a consumidor impulsionam tarifa da EDP SP


postado em 17/10/2017 19:19

São Paulo, 17 - O fim da devolução de recursos cobrados a mais dos consumidores entre 2015 e 2016 foi o principal motivo para a forte alta das tarifas da EDP São Paulo (ex-Bandeirante), definida nesta terça-feira, 17, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e que vigorará a partir da próxima segunda-feira (23). A diretoria da agência definiu em reunião um reajuste médio de 24,37% para as tarifas da distribuidora. Desse total, 11,40% refletem o "efeito da retirada dos componentes financeiros do processo anterior".

Na prática, ao longo do último período tarifário, houve uma devolução de cerca de R$ 330 milhões aos consumidores, o que contribuiu para uma conta de luz mais baixa, explicou o gerente comercial e de novos negócios da TR Soluções, Helder Sousa. "Se os custos da distribuidora tivessem se mantido os mesmos, só pela retirada desse custo financeiro negativo, o impacto na tarifa seria de 11%", disse.

Os demais 12,97% de aumento se referem aos aumentos dos custos da distribuidora, com destaque para os custos com transmissão de energia, em decorrência, principalmente, da indenização por ativos não amortizados anteriores a 2000, que passou a ser cobrada nas contas deste ano. No total, os custos de transmissão sozinhos respondem por 10,70 pontos porcentuais do reajuste.

Outras pressões de alta vieram dos custos financeiros com a compra de energia entre os reajustes (tecnicamente conhecida como CVA), que se refletiu em 4,40% de alta e da previsão de custo com o risco hidrológico ao longo dos próximos meses (4,78%).

O reajuste só não foi maior porque outros itens contribuíram negativamente na formação da tarifa, caso dos encargos setoriais, principalmente da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), e também do ganho financeiro obtido pela distribuidora com a sobrecontratação de energia - já que a energia comprada a mais e não distribuída foi liquidada ao preço spot de energia a um valor maior que o preço médio da companhia, gerando um ganho financeiro que agora é repassado aos consumidores.

(Luciana Collet)


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