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Estado de Minas

Depois de passar 3 anos no prejuízo, Usi­mi­nas volta ao lu­cro com receita 11% maior

Gan­ho da empresa foi de R$ 108 milhões­ de ja­nei­ro a março e caixa tem melhora


postado em 21/04/2017 06:00 / atualizado em 21/04/2017 07:32

(foto: Wiliam de Paula/Usiminas/Divulgação )
(foto: Wiliam de Paula/Usiminas/Divulgação )

De­pois de amar­gar pre­juí­zo por qua­se três anos, a Usi­mi­nas, uma das maio­res si­de­rúr­gi­cas do país, mos­tra que es­tá con­se­guin­do re­ver­ter as per­das, em meio ao con­fli­to ju­di­cial vi­vi­do en­tre seus prin­ci­pais acio­nis­tas, o con­glo­me­ra­do ja­po­nês Ni­ppon Steel & Su­mi­to­mo Me­tal Cor­po­ra­tion e o gru­po íta­lo-ar­gen­ti­no Ter­nium/Te­chint. A em­pre­sa mi­nei­ra vol­tou a re­gis­trar lu­cro lí­qui­do no pri­mei­ro tri­mes­tre des­te ano, de R$ 108 mi­lhões. O pre­si­den­te da em­pre­sa, Sér­gio Lei­te, que reas­su­miu o co­man­do da Usi­mi­nas no mês pas­sa­do em lu­gar de Rô­mel Erwin de Sou­za, pro­je­ta cres­ci­men­to da com­pa­nhia en­tre 3% a 5% até o fim do ano, mas re­co­nhe­ce es­tar ce­do pa­ra pla­ne­jar au­men­to de pro­du­ção.


O ba­lan­ço da com­pa­nhia te­ve boa re­per­cus­são. As ações pre­fe­ren­ciais USIM5 apre­sen­ta­ram va­lo­ri­za­ção de 2,02% on­tem na Bol­sa de Va­lo­res de São Pau­lo, co­ta­das a R$ 4,04 no tér­mi­no do pre­gão. Os pa­péis or­di­ná­rios USIM3 su­bi­ram 1,62%, co­ta­dos a R$ 8,16, em dia de al­ta mo­des­ta de 0,56% do Ibo­ves­pa, ín­di­ce das ações mais ne­go­cia­das.

Se con­si­de­ra­do o EBI­T­DA ajus­ta­do (lu­cro apu­ra­do an­tes de ju­ros, im­pos­tos, de­pre­cia­ção e amor­ti­za­ção),  a Usi­mi­nas ob­te­ve R$ 533 mi­lhões, me­lhor re­sul­ta­do des­de o se­gun­do tri­mes­tre de 2014. De ja­nei­ro a mar­ço do ano pas­sa­do, es­se re­sul­ta­do ha­via si­do de R$ 51,5 mi­lhões, ou se­ja, ago­ra a ru­bri­ca su­pe­ra a ci­fra de 2016 em 10 ve­zes. Se­gun­do Lei­te, a em­pre­sa vi­veu em 2016 seu “mo­men­to crí­ti­co” e ago­ra co­me­ça a sen­tir a rea­ção das me­di­das ado­ta­das in­ter­na­men­te pa­ra re­cu­pe­rar a com­pa­nhia.

“Em ju­nho de 2014, de­pois de que­das men­sais su­ces­si­vas, che­ga­mos ao fun­do do po­ço. Tra­ba­lha­mos nu­ma fren­te de re­du­ção de cus­tos em to­dos os nos­sos pro­ces­sos, mo­bi­li­za­mos um tra­ba­lho mui­to gran­de, com as usi­nas de Ipa­tin­ga e Cu­ba­tão. No cam­po da re­cei­ta, im­ple­men­ta­mos au­men­to do pre­ço do aço nos úl­ti­mos me­ses”, re­for­ça Lei­te.

Ain­da se­gun­do o pre­si­den­te da si­de­rúr­gi­ca, ain­da não é mo­men­to pa­ra se fa­lar em cres­ci­men­to de pro­du­ção. “Quan­do fa­la­mos em re­to­ma­da de pro­du­ção, es­ta­mos fa­lan­do de mer­ca­do. Em 2017, a re­to­ma­da se­rá len­ta. A pers­pec­ti­va de cres­ci­men­to do Pro­du­to In­ter­no Bru­to (PIB, a so­ma da pro­du­ção de bens e ser­vi­ços do país) é de 0,4%. No ca­so dos aços pla­nos, a es­ti­ma­ti­va é de 3% a 5%”, afir­ma. Em 2015, a em­pre­sa de­sa­ti­vou uma par­te da co­que­ria de Cu­ba­tão, em São Pau­lo, se­tor res­pon­sá­vel pe­la pro­du­ção da ma­té­ria-pri­ma pa­ra pro­du­ção do aço. Des­de o iní­cio da cri­se, a Usi­mi­nas de­mi­tiu cer­ca de 4 mil fun­cio­ná­rios.

Os re­sul­ta­dos da com­pa­nhia no pri­mei­ro tri­mes­tre de 2017 mos­tram tam­bém que a em­pre­sa con­se­guiu au­men­tar em 11% sua re­cei­ta lí­qui­da, que pas­sou de R$ 2,12 bi­lhões no úl­ti­mo tri­mes­tre de 2016 pa­ra R$ 2,35 bi­lhões en­tre ja­nei­ro e mar­ço des­te ano. A ele­va­ção se de­ve à me­lho­ra dos ne­gó­cios da área de si­de­rur­gia, mas tam­bém à So­lu­ções Usi­mi­nas, em­pre­sa do gru­po des­ti­na­da a be­ne­fi­cia­men­to e dis­tri­bui­ção de aço, e ao au­men­to do pre­ço do mi­né­rio de fer­ro, o que be­ne­fi­ciou a Mi­ne­ra­ção Usi­mi­nas.

Com a me­lho­ra nos re­sul­ta­dos, o cai­xa da em­pre­sa en­gor­dou, pas­san­do de R$ 2,26 bi­lhões, no tri­mes­tre an­te­rior, pa­ra R$ 2,42 bi­lhões., avan­ço de 7%. Ape­sar dis­so, a pro­du­ção de aço bru­to de ja­nei­ro a mar­ço caiu 5% em re­la­ção ao pe­río­do de ou­tu­bro a de­zem­bro do ano pas­sa­do, al­can­çan­do 737 mil to­ne­la­das. Em con­tra­par­ti­da, as ven­das to­tais de aço so­ma­ram 930 mil to­ne­la­das, in­cre­men­to de 4%.

Do to­tal co­mer­cializa­do no pri­mei­ro tri­mes­tre de 2017, 89% fo­ram des­ti­na­dos ao mer­ca­do in­ter­no, nú­me­ro es­tá­vel fren­te ao quar­to tri­mes­tre de 2016. Um to­tal de 105 mil to­ne­la­das (11%) fo­ram ex­por­ta­das, ele­va­ção de 48% fren­te ao úl­ti­mo tri­mes­tre, quan­do 71 mil to­ne­la­das fo­ram en­via­das ao mer­ca­do ex­ter­no. En­tre os bra­ços da com­pa­nhia, a mais im­pac­ta­da pe­la cri­se é a Usi­mi­nas Me­câ­ni­ca, que viu sua re­cei­ta lí­qui­da ser re­du­zi­da em 22,3% nos três pri­mei­ros me­ses de 2017.

CO­MAN­DO

So­bre o fa­to de es­tar de no­vo no co­man­do da em­pre­sa, Lei­te re­for­çou que a in­ten­ção é va­lo­ri­zar a for­ça de tra­ba­lho da Usi­mi­nas. Não há pers­pec­ti­va pa­ra con­tra­ta­ções. Em mar­ço, o Con­se­lho de Ad­mi­nis­tra­ção da com­pa­nhia vo­tou pe­la des­ti­tui­ção da pre­si­dên­cia de Rô­mel de Sou­za, no­me de con­fian­ça do gru­po ja­po­nês Ni­ppon Steel, que as­su­miu o co­man­do da com­pa­nhia em se­tem­bro de 2014. Foi a se­gun­da des­ti­tui­ção de­le, que foi re­ti­ra­do em maio de 2016 e re­tor­nou à pre­si­dên­cia no co­me­ço de ou­tu­bro. Na­que­le pe­río­do foi subs­ti­tuí­do pe­lo exe­cu­ti­vo Sér­gio Lei­te, no­me apoia­do pe­lo gru­po Te­chint. Lei­te foi re­con­du­zi­do à pre­si­dên­cia em 23 de mar­ço úl­ti­mo.

 

Pro­du­ção da Va­le ba­te no­vo re­cor­de

 

Rio de Ja­nei­ro – A pro­du­ção de mi­né­rio de fer­ro da Va­le so­mou 86,2 mi­lhõ­es de to­ne­la­das no pri­mei­ro tri­mes­tre, au­men­to de 11,2% em re­la­ção ao mes­mo pe­rí­o­do do ano passado. Se­gun­do a com­pa­nhia, es­se vo­lu­me re­pre­sen­ta re­cor­de de pro­du­ção pa­ra o pe­rí­o­do de ja­nei­ro a março. Na com­pa­ra­ção com o úl­ti­mo tri­mes­tre de 2016, a pro­du­ção caiu 6,7%, que­da ex­pli­ca­da es­pe­ci­al­men­te pe­la sa­zo­na­li­da­de do clima. Pas­sa­dos os pri­mei­ros me­ses de 2017, a Va­le man­te­ve sua me­ta de pro­du­ção de mi­né­rio de fer­ro pa­ra o ano, es­ti­ma­da en­tre 360 milhões e 380 mi­lhõ­es de toneladas.

As­sim, a mi­ne­ra­do­ra pro­je­ta que sua me­ta de pro­du­ção de 400 mi­lhõ­es de to­ne­la­das anu­ais de­ve­rá ser al­can­ça­da a par­tir do fim de 2018. O cha­ma­do Sis­te­ma Nor­te, que con­sis­te na re­ser­va de Ca­ra­jás (PA), res­pon­deu no pri­mei­ro tri­mes­tre pe­la pro­du­ção de 35,974 mi­lhõ­es de to­ne­la­das, au­men­to de 11,1% na va­ri­a­ção anu­al, po­rém uma que­da de 11,4% na ba­se trimestral.

Já o Sis­te­ma Su­des­te, que abran­ge as mi­nas ope­ra­das em Mi­nas Ge­rais, pro­du­ziu 28,165 mi­lhõ­es de to­ne­la­das, avan­ço de 24,9% na com­pa­ra­ção anu­al e de 1,4% na trimestral. A pro­du­ção de pe­lo­tas, por sua vez, foi de 12,422 mi­lhõ­es de to­ne­la­das no pri­mei­ro tri­mes­tre do ano, au­men­to de 8,2% na re­la­ção anu­al, mas re­cuo de 1,6% em re­la­ção ao úl­ti­mo tri­mes­tre do ano passado.


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