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Estado de Minas

À espera de uma vaga no setor público

Este ano foi atípico para concurseiros, mas oportunidades ainda podem surgir


postado em 22/08/2016 00:12 / atualizado em 22/08/2016 08:01

Brasília - Faltam menos de cinco meses para o fim do ano e 2016 já entrou para a história como o ano de mais recessão nos concursos públicos. A falta de liberação de editais para reposição de vagas nos setores públicos, pode ser atribuído à grave crise econômica e as atuais incertezas que permeiam o cenário político no Brasil. Apesar de estarmos entrando na reta final, ainda há esperanças para quem está em busca de um cargo no setor. Mas é preciso ficar atento, para não desanimar e perder as oportunidades que este ano ainda pode trazer.


O ano está sendo nada generoso em relação ao lançamento de editais para preenchimento das vagas nos órgãos públicos. Mas mesmo com a carência, podemos destacar alguns dos principais concursos que podem ser liberados ainda este ano. Recentemente, a Anvisa escolheu o Cebraspe, antigo Cespe-UnB, para organizar seu novo concurso. São 78 vagas para o cargo de técnico administrativo e o edital pode sair até outubro. Outros concursos também estão previstos, como o da secretaria da Educação, que oferecerá vagas para professores e técnicos administrativos.


O grande déficit de pessoal na Câmara Legislativa do Distrito Federal, que soma 388 funcionários, fez com que a presidente da Casa, a deputada Celina Leão (PPS), autorizasse, depois de 11 anos, um edital de concurso público. Serão selecionados técnicos analistas e consultores, cujo salário inicial é de R$ 22.812,75. Além disso, os mais visados concursos, como o do Senado Federal e da Polícia Militar, podem ter os editais divulgados em breve. Em âmbito nacional, o concurso que ainda pode ser liberado é o da Polícia Federal. Já os concursos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Banco Central do Brasil e os dos ministérios da Fazenda e do Trabalho ainda aguardam autorização do Ministério do Planejamento.


Devido à falta de liberação de novos certames, muitas pessoas que estudam para concursos específicos, não viram outra alternativa a não ser tentar a inserção nos setores públicos por meio de outros concursos. É o caso do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que, sem dúvidas, foi a maior seleção do ano até o momento, com o recorde de 1.087.804 inscritos. O processo seletivo entrou para o quadro dos mais concorridos da história, ao lado da Caixa Econômica Federal e dos Correios.

A estudante Marina Almeida, de 22 anos, está entre os candidatos que estudam para concursos específicos, previstos para este ano e que, até o momento, não foram liberados. Marina, que se prepara há dois anos para ingressar em uma carreira publica, sonha ocupar uma vaga em um dos órgãos mais visados em âmbito federal: o Senado. Porém, as incertezas sobre o seu lançamento e os altos custos das aulas preparatórias incentivaram a estudante a tentar outra vaga. “Temos que nos adaptar aos tempos de crise e instabilidade sobre novos editais. Sempre fui bem focada nos meus objetivos e luto para alcançá-los, mas, enquanto a oportunidade não vem, miro em outros lugares”, argumenta.


De acordo com Clayton Natal, professor de português no IMP Concursos, nesta época é difícil manter o foco apenas em um determinado certame. “É aconselhável não desistir do estudar e se dedicar ao máximo para ser aprovado no concurso dos sonhos. Mas enquanto o edital não sai, é bom o candidato ir se familiarizando com o conteúdo e se inscrever em outros exames, principalmente aqueles que têm matérias semelhantes ao concurso visado. Isso ajuda o aluno a preparar mais a mente para encarar a avaliação”, aconselha.


Na análise de Ivan Lucas, professor de direitos constitucionais e administrativos do IMP Concursos, o governo é feito de pessoas que formam a grande máquina pública, não podendo ocorrer a total suspensão dos certames, pois há constante necessidade de manutenção. “Os cargos que ficam vagos, por questões de aposentadoria ou falecimento ou outras razões, geram grande vacância. Em função disso, existe a necessidade mínima de reposição. Uma forma de suprir essa vaga é realizando novos concursos”, explicou.


Para quem não tem condições de arcar com os custos de um cursinho preparatório, Natal aconselha que se inscreva em plataformas de estudos on-line para não deixar de ver a matéria. “Ninguém está salvo de situações de instabilidade financeira. Neste caso, o mais recomendado é pesquisar por cursinhos que disponham de uma interface de estudos on-line, em que o custo é menor quando comparado ao curso presencial tradicional. Porém, estudar on-line requer muito mais disciplina e organização do aluno”, alerta.

ORÇAMENTO


As incertezas sobre a realização de concursos para o ano de 2017, ainda são muitas. Recentemente, o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017, o senador Wellington Fagundes (PR-MT), conseguiu aprovar, na Comissão Mista do Orçamento (CMO), a obrigatoriedade de o governo federal contratar 30 mil pessoas para o serviço público. Porém, a decisão vai contra a proposta de orçamento divulgada em 7 de junho, em que apontava os novos limites de empenho e pagamento do governo para este ano. Na proposta enviada para o Congresso este mês, o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, não previa gastos com concursos públicos em âmbito federal para 2017.


A expectativa, no entanto, é que possa haver alguma melhora no cenário politico-econômico e, com isso, a possibilidade de lançamento de novos concursos. Na avaliação de Carlos Alfama, especialista em concursos, a possível recessão não se aplica para todos os casos. A proposta enviada ao Congresso não vale para o Legislativo nem para o Judiciário. “A decisão de reajustes do governo para o funcionalismo público pode fazer com que alguns editais continuem represados, porém, não vai abranger todos os concursos”, ressalta.


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