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Estado de Minas NEGÓCIOS EM RETOMADA

Resultados do setor de construção crescem no 2º trimestre e perspectiva é de melhoria

MRV fecha período com lucro de R$ 138 milhões e geração de caixa recorde


postado em 12/08/2016 00:12 / atualizado em 12/08/2016 07:51

(foto: MRV/Divulgação)
(foto: MRV/Divulgação)
A despeito do cenário ainda instável, a construção civil no estado já registra resultados mais sólidos e a perspectiva para este semestre é de melhoria. A confiança dos empresários do setor está em alta. E investimentos em terrenos e lançamentos já voltaram ao foco das empresas do setor. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Andre de Sousa Lima Campos, as vendas efetivas das empresas já cresceram cerca de 2% no segundo trimestre, frente aos primeiros três meses do ano. E a tendência é de que este resultado se mantenha ou aumente até o fim do ano. “A velocidade das vendas também teve leve melhora”, reforça.

Outro exemplo da retomada pode ser visto no balanço divulgado, ontem, pela MRV. Segundo o diretor-executivo Financeiro, Leonardo Corrêa, a margem bruta da empresa passou de 29,2% nos primeiros três meses do ano para 32,1% no segundo trimestre. A margem líquida, por sua vez, também registrou melhoria, passando de 12,2% para 12,6%, levando os mesmos períodos em consideração. Nos primeiros seis meses do ano o aumento da margem bruta chegou aos 32,5%, com evolução de 3,1 pontos percentuais frente ao primeiro semestre de 2015.

“Atribuo os resultados ao fato de termos times mais alinhados e processos melhores de produtividade. Também está mais fácil a contratação de mão de obra e a negociação com os fornecedores”, justifica. A empresa fechou o segundo trimestre com lucro de R$ 138 milhões – alta de 7,6% frente aos três meses anteriores. A geração de caixa foi recorde no primeiro semestre, alcançando os R$ 324 milhões, com os ajustes. “Em termos de capitalização de mercado, a MRV se mantém como a maior empresa do Brasil em construção imobiliária”, afirma Corrêa.

E para continuar seguindo nessa linha, o investimento no banco de terrenos permanece firme. No segundo trimestre, os aporte foram de R$ 38,5 bilhões, com acréscimo de mais de R$ 2 bilhões frente ao registrado nos primeiros três meses do ano. “Sabemos que depois do tempo bom vem a tempestade. E que depois da tempestade vem o tempo bom”, diz Corrêa ao explicar a visão positiva de futuro da empresa. Atualmente, a MRV tem 217 canteiros de obras em produção em 142 cidades de 19 estados do país. As últimas que passaram a contar com negócios da empresa foram Ribeirão das Neves (Grande BH), Governador Valadares (Vale do Rio Doce), Eusébio (CE), Colombo (CE), Colombo (PR), Itapevi (SP), Itaquacetuba (SP) e Palmas (TO).

Corrêa conta que estão preparando lançamentos para este semestre e o próximo, uma vez que acreditam no potencial do mercado. Os apartamentos que têm sido mais vendidos pela MRV são os de aproximadamente 45 metros quadrados, nas faixas 2 e 3 do programa Minha casa, minha vida, com valor médio de R$ 150 mil. A faixa de renda da maioria dos clientes é de cerca de R$ 3 mil. “É um público muito jovem. São pessoas que saem da casa dos pais, que casam, que precisam resolver a questão da moradia.”


NECESSIDADE


Andre Lima Campos, do Sinduscon-MG, lembra que a demanda por habitações ainda é brutal do país, da ordem de 5 milhões de unidades. E a grande maioria desse déficit se concentra na faixa de renda familiar de seis salários mínimos (R$ 5.280). “A demanda existe”, garante. Tanto que neste segmento, as vendas sofrem menos os momentos de crise. “Os de menos renda e os de mais renda são os públicos que sentem menos. Apesar de a baixa renda sofrer com o desemprego, se ganha na faixa dos dois ou três salários mínimos e continua trabalhando, não vai sentir tanto”, explica.


O presidente do Sinduscon observa ainda que os empresários do setor estão mais confiantes, o que alimenta as perspectivas de resultados positivos nos próximos meses. “O segundo semestre tradicionalmente é melhor.” Andre Lima Campos é também presidente da Emccamp e não tem razão para reclamar do mercado voltado para habitação popular. “Estamos 100% vendidos, sem nada de estoque no Brasil. Agora, estamos com projetos sendo finalizados para aprovação e esperamos lançar cerca de 10 mil unidades neste semestre, em sete empreendimentos”, adianta. E ele acredita que, se o cenário político “firmar” e a economia voltar a crescer, melhoram as condições de crédito e as possibilidades de negócios. Quando isso ocorre, a classe média volta a comprar, buscando migrar para moradias melhores e, consequentemente, movimentando o mercado.


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