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Estado de Minas

Alimentos encarecem até 125%


postado em 28/06/2016 06:00 / atualizado em 28/06/2016 08:03

A comparação de preços praticados por marcas conhecidas de alguns alimentos essenciais na mesa do brasileiro, o consumidor percebe que a inflação pode ser bem maior do que se imagina. O feijão Carioca, que encareceu, em média, mais de 50% em Minas Gerais e no país neste ano, sofreu remarcações de até 125% de janeiro a junho, quando analisadas as marcas mais prestigiadas e líderes de venda. É o que revela levantamento feito em BH pelo site de pesquisas Mercado Mineiro, divulgado ontem. Foram analisados mais de 1 mil produtos alimentícios e de material de limpeza em 11 supermercados de Belo Horizonte e Contagem, na Grande BH, entre 20 e 24 de junho.

“Estamos surpresos negativamente com o resultado. Se as coisas continuarem subindo desta forma, é possível que, no fim do ano, o consumidor fique com a corda no pescoço ainda mais apertada”, comenta o diretor-executivo do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu. O feijão Carioca, por exemplo, já virou piada na internet por ter encarecido tanto e sofreu a alteração no preço por causa de questões climáticas. O Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou, na semana passada, que a prévia da inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) apontou elevação de 54% do grão no país e de 58% em BH e região metropolitana no primeiro semestre.

Porém, comenta Abreu, o IBGE não leva em consideração as marcas, o que de acordo com a pesquisa do Mercado Mineiro, mais pesaram no comportamento dos preços. O feijão Carioca das marcas Pink e Tryumpho encareceu mais de 125%, com base na comparação entre os preços médios encontrados pela pesquisa em 24 deste mês e 24 de janeiro último. O leite integral de l litro, da empresa Itambé, por exemplo, custava R$ 2,51, em média, em janeiro e, agora, no mesmo supermercado onde foi feito levantamento do início do ano, a bebida está custando R$ 3,53, um aumento de 40%. O limpador Veja de 500ml é outro exemplo: ficou 46% mais caro, tendo em vista que o preço médio passou de R$3,42 para R$5,02.

“Analisamos as marcas mais conhecidas, mais bem avaliadas pelos clientes e líderes de vendas. O resultado é de assustar. Por isso, recomendamos aos consumidores que, neste momento de economia, mudem as escolhas para não pagar ainda mais caro”, alerta Feliciano Abreu. Ele ressalta que o melhor para o bolso é comprar o que for mais essencial. “É consumir o mínimo possível e trocar marcas, como forma de pressionar o mercado. É necessário também a pessoa pôr os preços na ponta do lápis e fazer contas”, aconselha.

PESQUISAR Além dessas estratégias, a antiga recomendação de pesquisar antes de comprar também é reforçada pela pesquisa. O levantamento de preços feito pelo site de pesquisas indicou variações de até 91,83% do menor e maior preços para o mesmo produto encontrados de um estabelecimento para outro. É o caso do molho de tomate tradicional Pomarola de 340 gramas, em lata, que pode ser encontrado pelos valores de R$ 2,08 e R$ 3,99, respectivamente. O Limpador Multiuso Veja de 500ml foi encontrado por R$3,49 (menor preço) e 5,98 (maior preço), com uma diferença de 71%. O pacote de feijão preto Tryumpho de 1 kg é comercializado entre R$ 6,98 e R$ 9,80, diferença de 40%. A farinha de trigo especial Dona Benta, vendido em pacotes de 1 quilo, pode ser encontrada entre R$ 3,09 e R$ 4,19, perfazendo variação de 35%.

 

Enquanto isso...

Mais confiança... 

A confiança do consumidor subiu 3,4 pontos em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) fechou o mês em 71,3 pontos, maior nível desde junho de 2015, quando foi de 73,2. O resultado sucede alta de 3,5 pontos em maio. Segundo a FGV, a alta “foi inteiramente determinada pela melhora das expectativas”. “Há um descolamento entre as expectativas dos consumidores com relação aos próximos meses e a satisfação com a situação atual. Enquanto as primeiras avançam expressivamente pelo segundo mês consecutivo, a outra revisita o mínimo histórico”, diz a FGV em nota. Entre os componentes do ICC, o Índice de Expectativas (IE) avançou 6 pontos, atingindo 77,1 pontos, maior nível desde janeiro de 2015 (81,7). Já o Índice da Situação Atual (ISA) caiu 0,8 ponto, atingindo 64,7 pontos.


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