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Estado de Minas

Chuvas aliviam as hidrelétricas, segundo a ONS

Nível dos reservatórios triplica no Nordeste e chega a 17,58%, enquanto na região Sudeste já supera os 40%


postado em 02/02/2016 06:00 / atualizado em 02/02/2016 07:36

O nível de água conversível em energia armazenada nos reservatórios da região Nordeste mais do que triplicou durante o mês de janeiro. Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontam que a Energia Armazenada por Região (EAR), no Nordeste, subiu do nível de 5,15% registrado em dezembro para 17,58% em 31 de janeiro.

Embora a recuperação dos reservatórios seja expressiva, uma tendência já esperada para o chamado período de chuva, entre novembro e abril, a situação dos reservatórios no Nordeste ainda é preocupante.

Em janeiro de 2014, os reservatórios terminaram o primeiro mês do ano com o equivalente a 42,62% de energia armazenada. Em 2015, com o agravamento da crise hídrica, o volume caiu para 16,41% ao fim de janeiro, patamar semelhante ao registrado neste ano. A recuperação do nível de água nos reservatórios do Nordeste reflete a situação de Sobradinho, principal reserva de água da região. O reservatório, que chegou a atingir 2,06% do volume útil no início do ano, estava em 7,67% em 28 de janeiro – último dado disponibilizado pelo ONS.

Os reservatórios no submercado Sudeste/Centro-Oeste, região responsável por 70% da capacidade de armazenamento de água do país, também apresentaram recuperação expressiva no decorrer de janeiro. O indicador de energia armazenada, que estava em 29,82% em dezembro, subiu para 44,43% no domingo.

O número supera os 16,84% registrados no primeiro mês de 2015 e os 40,28% de janeiro do ano anterior. Na região Norte, o indicador de energia armazenada subiu de 15,38% em dezembro para 30,33% ontem. O número, apesar da recuperação, ainda é inferior aos 34,70% de janeiro de 2015. Na comparação com janeiro de 2014, os reservatórios apresentam queda pela metade, ante os 60,75% de dois anos atrás.

No domingo, o indicador de água nos reservatórios no Sul estava em 93,08%, o quarto mês consecutivo com taxas acima de 90%. Em janeiro de 2015, por sua vez, o indicador estava em apenas 59,58%. Institutos de climatologia atribuem o menor volume de chuvas das regiões Norte e Nordeste ao fenômeno El Niño, que nesta temporada foi mais intenso do que em anos anteriores. O El Niño tem como característica reduzir o volume de chuvas nas regiões mais ao Norte, em contraste à maior incidência pluviométrica da região Sul.


CONSUMO EM QUEDA


O consumo de energia elétrica no país recuou 2,1% em 2015 em relação ao registrado em 2014, segundo os dados divulgados ontem pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). No ano, foram consumidos 464,7 mil gigawatts-hora (GWh). A crise na indústria foi uma das principais responsáveis pela queda, mas o consumo residencial também diminuiu, com as famílias reduzindo gastos diante do aumento das tarifas. A demanda residencial teve decréscimo de 0,7% em 2015, a maior redução registrada desde 2004.

Mas a queda no total do país foi puxada, sobretudo, pelas indústrias, que consumiram 5,3% menos energia do que no ano anterior, “em função do cenário econômico desfavorável ao longo do ano, em quase todos os segmentos”, apontou a EPE. O segmento comercial foi o único a apresentar avanço no consumo de energia no ano passado, com alta de 0,6% em relação a 2014. O resultado, entretanto, ficou muito aquém do desempenho registrado nos últimos cinco anos, ressaltou a entidade em nota.


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