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Estado de Minas

Afrouxamento fiscal é golpe para o BC


postado em 24/07/2015 20:37 / atualizado em 24/07/2015 20:41

O afrouxamento fiscal é visto como um golpe para o Banco Central, que vem tentando reconstruir sua credibilidade nos últimos meses e promete entregar a inflação no centro da meta de 4,5% apenas no final do ano que vem.

Isso porque, para um banqueiro central, como várias vezes destacou Alexandre Tombini, quanto mais superávit, melhor. A previsão de economia esse ano foi reduzida essa semana pelo governo para apenas 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB). Antes era 1,13% do PIB.


A mudança da meta de superávit primário bate diretamente na atuação do BC em relação aos juros. A avaliação do mercado financeiro nos últimos anos de atuação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, era de que, enquanto o governo incentivava o consumo e aumentava seus próprios gastos, o BC praticamente enxugava gelo ao subir a taxa Selic para tentar desacelerar a atividade.

Desde a chegada do ministro Joaquim Levy à equipe econômica, a percepção mudou e passou a ser a de que política fiscal e a política monetária andariam de “mãos dadas”. Com a redução da meta fiscal deste ano de R$ 66,3 bilhões para R$ 8,7 bilhões, a avaliação é de que a primeira abandonou a segunda.

Tecnicamente, a simples redução da meta não necessariamente vai na direção oposta ao que deseja o BC. Isso porque a instituição passou a usar nos últimos anos o conceito de superávit estrutural e é o “impulso fiscal” que passou a contar para a autoridade monetária. De forma rasa, para haver contribuição para o trabalho do Comitê de Política Monetária (Copom), é preciso que o resultado de um ano seja melhor do que o do anterior.


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