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Estado de Minas

Anglo ainda produz tonelada de ferro por US$ 60, mas pretende reduzir custos


postado em 26/05/2015 06:00 / atualizado em 26/05/2015 07:39

Marta Vieira - De Lagoa Santa* Há cerca de sete meses em operação comercial, o sistema Minas–Rio da mineradora britânica Anglo American, complexo de exploração de minério de ferro na região de Conceição do Mato Dento, na porção central de Minas Gerais, já trabalha para reduzir os seus custos da operação e ao mesmo tempo aumentar a produção. A busca por eficiência tornou-se crucial em meio à crise de preços da commodity no mercado internacional, que tem levado concorrentes como a mineradora Vale a também estudar como baixar as despesas nas suas minas.

A Anglo American definiu para este ano a meta de produzir de 11 milhões a 14 milhões de toneladas de minério de ferro de alto teor ao custo de US$ 60 por tonelada, na prática equivalente à cotação média atual do produto. Não fosse o cenário desfavorável de preços, a companhia estaria em posição confortável, diante do tamanho do Minas–Rio – o empreendimento foi idealizado para produzir 26,5 milhões de toneladas anuais a partir de 2017 – e das vantagens comparativas da formação geológica e da infraestrutura construída, envolvendo mina, mineroduto e terminal portuário próprio no Rio de Janeiro.

Buscar o máximo de eficiência da nova planta industrial já estava nos planos da companhia, o que facilita a motivação das equipes, informou, ontem, Paulo Castellari, presidente da Unidade de Negócio Minério de Ferro Brasil da Anglo American. “Achamos que vamos conseguir otimizar os processos”, afirma.

EXPANSÃO A companhia pretende apertar os custos, elevando a produção ao limite da capacidade do mineroduto de 529 quilômetros por onde o ferro extraído na região de Conceição do Mato Dentro é escoado até o Porto do Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro. De acordo com Paulo Castellari, a intenção é levar a produção a 29,8 milhões de toneladas por ano, cerca de 10% além da capacidade produtiva do empreendimento.

Os investimentos necessários para a expansão, que poderá ser alcançada entre 2019 e 2020, seriam marginais, estando contemplados no programa de aportes da Anglo American de US$ 900 milhões ao longo deste ano e em 2016. “Os custos de produção hoje não nos alarmam porque estamos no ramp up (início da produção comercial)”, afirmou Castellari. A Anglo American estabeleceu como meta, considerando as vantagens das reservas de Conceição do Mato Dentro, um custo de produção variando de US$ 30 a US$ 35 por tonelada como despesa média durante os 18 a 20 meses necessários para atingir a capacidade de 26,5 mllhões de toneladas anuais.

O presidente das operações de ferro no Brasil ponderou que a efetiva definição dos custos depende ainda do impacto da taxa de câmbio e da inflação sobre os gastos da companhia. Nova estimativa dos custos deverá ser divulgada dentro de um a dois meses. “A gente tem pouquíssimo controle sobre os preços. Sempre se falou em minério de ferro vendido a US$ 60 (por tonelada), mas ninguém imaginava quando chegaria”, afirmou Castellari.

A Anglo American divulgou ontem a revisão de suas reservas certificadas em Minas de 1,4 bilhão de toneladas para 2,8 bilhões de toneladas. O Minas-Rio é o maior investimento da Anglo American no mundo, tendo consumido US$ 8,4 bilhões até o ano passado. A empresa já fez 13 embarques até 31 de março para China, Índia, Europa e Oriente Médio.

*A repórter viajou a convite da Anglo American


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