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Estado de Minas SECA PODE PARAR USINA EM MINAS

Com estiagem prolongada, hidrelétrica de Camargos corre risco de ser desligada pela Cemig

Com as chuvas atrasadas e abaixo da média histórica em praticamente todas as regiões do estado, a situação também se agrava na Usina de Três Marias, no Centro-Oeste do estado


postado em 02/11/2014 00:12 / atualizado em 02/11/2014 07:41

A estiagem prolongada que afeta a bacia hidrográfica do Rio Grande, no Sul de Minas, pode levar a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) a desligar a Usina Hidrelétrica de Camargos, em Itutinga. A ocorrência de chuvas nas nascentes que alimentam o Rio Grande e a operação das turbinas da usina em condições extremas vão determinar a interrupção ou não da geração de energia na hidrelétrica. “Nós temos expectativa de chuva nesta semana na região e, mesmo se o reservatório chegar ao volume zero, vamos observar o funcionamento das máquinas”, afirmou ontem o gerente de planejamento energético da Cemig, Marcelo de Deus.


O gerente da Cemig lembra que a usina, com capacidade para produzir 46 megawatts (MW) de energia, está gerando só 3 MW. Isso porque o reservatório da hidrelétrica está com apenas 0,4% da sua capacidade. Se a geração em Camargos for interrompida, Marcelo de Deus ressalta que será o primeiro caso em um reservatório de acumulação de água. Mesmo que o volume seja insuficiente para a produção de eletricidade, haverá água para abastecer as cidades de Lavras e Perdões, que estão abaixo da represa de Camargos, para garantir a perenidade do rio, onde estão outras 12 hidrelétricas. “O efeito (do desligamento) é mais simbólico”, ressalta Marcelo de Deus, ao garantir que a saída de Camargos do sistema não afetará o abastecimento de energia.


Com as chuvas atrasadas e abaixo da média histórica em praticamente todas as regiões do estado, a situação também se agrava na Usina de Três Marias, no Centro-Oeste do estado. Segundo Marcelo de Deus, o reservatório da hidrelétrica está com apenas 2,9% da sua capacidade e só duas turbinas das seis turbinas em funcionamento. “Nós temos uma gestão para economizar água do reservatório”, afirma o gerente da Cemig, lembrando que desde fevereiro a situação da represa está sendo monitorada pela concessionária mineira, a Agência Nacional de Águas (ANA), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e o Comitê da Bacia Hidrográfica. A expectativa é que as chuvas se intensifiquem a partir deste mês e impeçam que o volume de água em Três Marias chegue a zero. Mas, mesmo com o início do período chuvoso, a vazão de água pela usina foi reduzida de 140 metros cúbicos por segundo para 120 metros cúbicos, para evitar que o reservatório seja esvaziado.

Lagos secos O problema nas duas hidrelétricas mineiras pode chegar a boa parte dos reservatórios da Região Sudeste, se as chuvas não aliviarem a situação no período chuvoso. Os reservatórios das usinas da região iniciam novembro nos níveis mais baixos em 20 anos, segundo levantamento da consultoria Thymos, especializada em energia elétrica.
O cálculo leva em consideração principalmente o desempenho das usinas instaladas nas bacias dos rios Paranaíba e Grande, que, juntas, respondem por quase 65% da geração de energia do país. O cenário é considerado “crítico”. As barragens das usinas estão com volume de água menor que o registrado em 2000, às vésperas do racionamento – segundo o ONS, o nível hoje está em 18,8% e a previsão é chegar ao final de novembro com 15,5%. (Com agências)


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