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Estado de Minas

Punição por erros do IBGE só deve sair no próximo mês

Governo vai aguardar conclusão da sindicância no órgão, em 30 dias, para adotar sanção por incorreções na Pnad


postado em 21/09/2014 06:00 / atualizado em 21/09/2014 07:45

Brasília – Os erros graves na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) colocaram o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no centro das atenções e da disputa presidencial. O governo federal convocou ontem mais uma coletiva de imprensa para falar sobre a correção e os novos dados do levantamento socioeconômico da população brasileira. A ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, afirmou que o governo vai adotar providências a respeito do “erro gravíssimo” cometido pelo IBGE, mas só após a conclusão de uma sindicância que trabalhará por 30 dias, prorrogáveis pelo mesmo período.


A ministra evitou falar sobre a permanência da presidente do IBGE, Wasmália Bivar, no cargo. Segundo ela, ainda não há definição sobre o assunto. “Nossa decisão foi determinar duas comissões, sendo uma delas de sindicância interna para apurar as razões dos erros e as eventuais responsabilidades funcionais”, afirmou a ministra.


Míriam Belchior contou que manteve contato com a presidente do IBGE, durante toda a sexta-feira. “Evidentemente conversamos ontem (sexta-feira) o tempo inteiro. Prefiro esperar que a comissão de sindicância composta pelos quatro ministérios (Planejamento, Casa Civil, Justiça e CGU) apresente as recomendações ao governo. Só depois disso o governo tomará qualquer providência”, disse.


A ministra do Planejamento comentou ainda a reação da presidente Dilma Rousseff ao ser informada dos problemas na Pnad. “Ela reagiu como nós aqui, absolutamente perplexa que o IBGE possa ter cometido um erro tão básico que é não ter feito de forma completa o processo de checagem e rechecagem”, disse.


Além de Míriam, os ministros da Educação, Henrique Paim; do Desenvolvimento Social, Tereza Campello; e da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri, estiveram presentes na coletiva e comentaram os novos dados. “A avaliação de políticas públicas quando a gente analisa a Pnad tem que ser feito com base em uma tendência longa. Todo mundo que se apegou a microvariações de 0,1 para cima ou para baixo para tirar consequências dramáticas acabou errando. A tendência é de redução da desigualdade social”, disse Tereza Campello. Os três defenderam avanços do governo e comemoraram os resultados.

Críticas A oposição também aproveitou o momento para criticar a gestão atual. Depois de comentar o fato na sexta-feira, data das retificações, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, voltou a falar no assunto, dessa vez em eventos de campanha em cidades do interior mineiro. “É mais uma marca perversa do petismo no Brasil, uma desmoralização das nossas instituições”, disse. O tucano também acusou o PT de aparelhar o instituto. “O IBGE foi das instituições que resistiu a partir de seus pesquisadores, de seus profissionais, a essa ânsia de poder do PT”, disse. Para ele, os dados não são mais confiáveis.


O candidato a vice-presidente pelo PSB na chapa encabeçada por Marina Silva, Beto Albuquerque, relacionou a mudança das informações a questões políticas. “Já não me surpreendo com mais nada. Até as instituições de pesquisa, Ipea e, agora, IBGE, são blindadas a fórceps a alterar dados. Típico de governo atrasado que tem medo de encarar a realidade”, acusou.

 

 

 


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