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Estado de Minas

Consumo de iogurtes quadruplicou no país na última década

Indústria comemora vendas. Mineira Trevo Alimentos, um dos maiores produtores do estado, está pronta para lançar novos produtos


postado em 12/09/2014 06:00 / atualizado em 12/09/2014 07:39

Trevo Alimentos também está lucrando com o crescimento dos fabricantes voltados para as classes A e B(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Trevo Alimentos também está lucrando com o crescimento dos fabricantes voltados para as classes A e B (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Na última década, o brasileiro, principalmente a classe C, passou a incrementar os itens da alimentação, e no topo da lista estão os produtos lácteos. Com mais dinheiro no bolso, os iogurtes entraram para o carrinho de compras e desde 2000 o consumo do alimento quase triplicou no país. A demanda em alta abriu espaço para o lançamento de novos produtos e crescimento da concorrência. Com projeção para fechar 2014 com alta de 14% no faturamento, a mineira Trevo Alimentos acompanha o bom momento do mercado consumidor e está na contramão da crise. A indústria se prepara para investir R$ 8 milhões na ampliação de seu parque fabril, com a estratégia de atender a demanda própria e também o crescimento de grandes fabricantes, a partir da terceirização da produção.

No último ano, o consumo continuou firme em seis quilos de iogurte/ano por brasileiro. Localizada em Sete Lagoas, na Região Central do estado, a Trevo Alimentos fabrica iogurtes, petit suisse, bebidas lácteas e produtos como manteigas e requeijão. Inaugurada em 2002, a empresa está entre os maiores produtores do estado, que conta com mais de 20 indústrias no setor de lácteos.

A partir do segundo trimestre do ano que vem, a Trevo Alimentos lança no mercado linhas de sobremesas e também um café com leite que será vendido em embalagem UHT, assim como ocorre com os achocolatados e bebidas com adição de frutas. “Teremos mais automação com ganho de produtividade”, revela Marcelino Cristino de Rezende, sócio-proprietário da marca. Com quatro linhas no mercado: Trevinho, Apreciare, Pulsi e Rural, a indústria emprega hoje 220 funcionários. Em 2002, eram 40 empregados. “O processo de automação substitui o trabalho humano, mas não planejamos demissões”, informou.

Demanda

O potencial do mercado de lácteos é animador para a indústria. Se observada a demanda de países vizinhos como a Argentina, onde cada habitante consome em média 13 quilos de iogurte por ano, o Brasil tem espaço para ampliar sua produção, o que anima os grandes operadores mundiais. Em mercados europeus como França e Holanda, o consumo de iogurtes ultrapassa os 30 quilos/ano por habitante. Nos próximos anos, devem ser lançados no mercado nacional produtos que mostram bons resultados na Europa e Estados Unidos, como os nutracêuticos, que oferecem benefícios à saúde, como a redução de colesterol e pressão arterial.

Além de se beneficiar com o crescimento da classe C, seu principal público consumidor, a Trevo Alimentos também está lucrando com o crescimento dos fabricantes voltados para as classes A e B. Para evitar a ociosidade das máquinas, o laticínio terceiriza seu parque. Este ano, a projeção de crescimento da empresa é de 14%, sendo que 9% desse percentual vem da terceirização. Fabricando por dia cerca de 120 mil quilos de iogurte, além de 50 mil quilos/dia no processo de terceirização, a empresa projeta para 2014 faturamento na ordem de R$ 96 milhões. “Utilizamos cerca de 100 mil litros de leite/dia. Temos cerca de 180 fornecedores na região de Sete Lagoas”, informa Rezende.

De olho nos novos produtos, a indústria mineira foi a primeira a lançar no mercado o famoso iogurte grego, espécie de febre nos grandes supermercados e no pequeno varejo. Este ano, a inflação pesou para o brasileiro e o custo do iogurte nos últimos 12 meses cresceu cerca de 1,5 ponto percentual acima da inflação. Segundo Marcelino Rezende o custo da produção esse ano avançou perto de 11%, puxado especialmente pelas embalagens. “Com o encarecimento da energia elétrica, as embalagens em alumínio tiveram forte reajuste.”


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