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Estado de Minas

País tem rombo de US$ 25 bilhões no trimestre, o maior desde 1970

Em março, as contas externas registraram saldo negativo de US$ 6,248 bilhões


postado em 25/04/2014 11:49 / atualizado em 25/04/2014 13:45

O país registrou um rombo de 25,186 bilhões nas transações correntes no acumulado do 1º trimestre, o maior déficit da série histórica do Banco Central, iniciado em 1970. Antes, o maior rombo nas contas externas havia sido registrado no primeiro período de 2013, quando somou US$ 24,7 bilhões. Em março, o déficit foi de US$ 6,248 bilhões.

A balança comercial (saldo de exportações menos importações), que também faz parte das transações correntes, registrou déficit de US$ 6,072 bilhões, nos três meses do ano. Em março, o superávit comercial foi de apenas US$ 112 milhões. Para o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, a reação lenta da balança comercial do primeiro trimestre fez o déficit aumentar nessa comparação. "O resultado comercial ficou abaixo do esperado nesse período em função dos preços desfavoráveis de produtos importantes da nossa pauta, que estão em patamar relativamente baixo, em especial os produtos agrícolas. A gente espera melhora da balança comercial ao longo do ano, porque os preços estão melhorando na margem", acrescentou.

 

Investimentos estrangeiros

Quando o país tem déficit em conta-corrente, ou seja, gasta além da renda do país, é preciso financiar esse resultado com investimentos estrangeiros ou tomar dinheiro emprestado no exterior. O investimento estrangeiro direto (IED), que vai para o setor produtivo da economia, é considerado a melhor forma de financiar por ser de longo prazo. Mas há outras formas de financiamento, como os empréstimos e os investimentos estrangeiros em ações e em títulos de renda fixa.

Em março, o IED chegou a US$ 4,995 bilhões e fechou o primeiro trimestre em US$ 14,171 bilhões, contra US$ 5,739 bilhões e US$ 13,256 bilhões, em iguais períodos do ano passado, respectivamente. Os investimentos em carteira (ações e títulos de renda fixa) chegaram a US$ 6,287 bilhões, em março, e a US$ 12,047 bilhões, no primeiro trimestre, ante US$ 3,156 bilhões e US$ 7,510 bilhões registrados em iguais períodos de 2013.

Gastos no exterior

A conta de viagens internacionais registrou um déficit de US$ 1,302 bilhão em março. Segundo dados divulgados pelo Banco Central, esse saldo negativo é resultado do volume de gastos de brasileiros no exterior (US$ 1,838 bilhão) acima das receitas obtidas com turistas estrangeiros em passeio pelo Brasil (US$ 535 milhões). O saldo negativo foi maior do que o visto em março de 2013, de US$ 1,263 bilhão. As viagens internacionais fazem parte de uma conta de serviços, que por sua vez integra o Balanço de Pagamentos.

O déficit do item viagens internacionais foi 3,1% superior ao registrado em março de 2013. O resultado foi influenciado pelas reduções de 1,3% nos gastos de turistas brasileiros em viagens ao exterior e de 10,7% nas despesas de viajantes estrangeiros ao Brasil.

No acumulado do ano, o déficit da conta de viagens soma US$ 4,103 bilhões ante US$ 4,064 bilhões vistos em igual período de 2013. Na mesma comparação, os gastos no exterior recuaram de US$ 5,984 bilhões para US$ 5,87423,125 bilhões. (Com Agência Estado e Agência Brasil)


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