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Estado de Minas

Técnicos do IBGE ameaçam paralisação nesta quarta-feira


postado em 16/04/2014 06:00 / atualizado em 16/04/2014 07:18

Brasília – Os técnicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) devem paralisar as atividades hoje em protesto contra o adiamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Apesar da tentativa do governo e da direção do órgão de botar panos quentes na crise que se instaurou dentro do órgão após a suspensão da pesquisa, os servidores não descartam a possibilidade de uma greve por tempo indeterminado.

Ontem, durante a divulgação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, tentou, de todas as formas, minimizar o problema e evitar que o órgão caia no mesmo descrédito do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Enquanto isso, a presidente do IBGE, Wasmália Bismar, tenta, internamente, acalmar os ânimos e promete reunião com todos os chefes das unidades estaduais.

A ministra considera que a crise foi gerada por uma falha, por parte do IBGE, na interpretação dos prazos para entrega dos resultados finais da PNAD Contínua, mas enfatizou que o instituto tem plena autonomia sobre as pesquisas que realiza. Ela negou também, com veemência, qualquer receio do governo em relação a um possível resultado negativo das pesquisas. “Quanto às insinuações de que o governo temeria os dados, gostaria de dizer que, se tem uma coisa que este governo não se preocupa é com os números de criação de emprego. Emprego é uma discussão que esse governo não teme”, afirmou.

As consequências negativas do adiamento, que culminou no pedido de exoneração de duas diretoras e posicionamento público por parte de técnicos e coordenadores contra a suspensão, estão sendo tratadas, conforme a ministra, pela própria coordenação do IBGE, “que é onde essas questões devem ser tratadas”. “É claro que estou acompanhando, porque é um órgão vinculado ao meu ministério. Mas eu quero que o IBGE me diga o que tem que ser feito”, afirmou.

No IBGE, a presidente – que foi quem anunciou o adiamento da pesquisa – já se comprometeu, em programa de televisão interno, a fazer teleconferência para escutar a opinião da chefia das unidades de estado. Além disso, convocou os coordenadores contrários ao adiamento (que ameaçaram pedir exoneração do cargo) e pediu dois meses para avaliar a situação.


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