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Estado de Minas

Bitcoins, moeda criptografada na internet, já é usada na Grande BH

Funcionamento do mercado é similar ao de uma bolsa de valores, só que sem lastro, sem liquidez e sem regulação


postado em 06/03/2014 06:00 / atualizado em 06/03/2014 07:32

O bitcoin, moeda criptografada que circula na internet como alternativa ao dinheiro oficial e que vem sendo usada no mundo inteiro apesar de enfrentar uma crise de confiança, plantou os pés na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Nem mesmo o pedido de concordata da maior agência de câmbio do papel eletrônico no mundo na semana passada, o MTGox, derrubou o seu valor de compra e venda na rede no país. É o que mostra a cotação na Bitcoin To You, uma startup fundada em julho de 2013, em Betim, pelos empresários André Horta e Thiago Horta. Na quarta-feira passada, antes do anúncio do rombo de US$ 500 milhões na plataforma da MTGox, um bitcoin valia R$ 1.395 no bitcointoyou.com. Ontem, a cotação no mesmo site era de R$ 1.430.

No brasileiro Mercado Bitcoin, a unidade valia R$ 1.521 no iníncio da tarde de ontem e, uma hora depois era vendido a R$ 1.575. E no site americano Bitstamp, o maior do mundo, a moeda abriu ontem a US$ 677,69 (R$ 1.562,62), mas a cotação apresentava queda de 14,73% por volta das 16h. De acordo com André Horta, CEO da Bitcoin To You, uma empresa nascente de tecnologia que funciona como site de câmbio do dinheiro digital, movimentando 900 bitcoins por mês – o equivalente, em média, a R$ 1,3 milhão –, quando começou a ser utilizada comercialmente, em 2010, a moeda digital valia US$ 0,001 ou R$ 0,00234. Em função da alta demanda, no entanto, seu valor máximo atingiu R$ 3.100 em dezembro de 2013. Desde que foi criada, o preço da moeda já variou mais de 40.000%.

O funcionamento do mercado de bitcoins é similar ao de uma bolsa de valores, só que sem lastro, sem liquidez e sem regulação. “No ano passsado, o governo da Alemanha liberou o uso do bitcoins e isso fez o preço subir. Quando o governo da China proibiu o uso do yuan para comprar bitcoins, o preço caiu. Quanto mais gente comprando, mais caro. Quanto mais gente vendendo, mais barato”, explica Horta. A moeda é usada como opção de investimento e também para compra e venda de produtos com pagamento na internet. E vem se popularizando aos poucos.

De olho na ampliação da clientela, o chaveiro Marcell Silva, que trabalha com cópia de chaves há nove anos no Bairro Santa Terezinha, na Pampulha, começou a aceitar bitcoins como pagamento dos seus serviços em novembro. Já o arquiteto de sistemas Hamilton Amorim entrou no negócio em 2011 e, no primeiro ano de atividade, ganhou dinheiro suficiente para adquirir um Palio 2006. Diego Silva, sócio da Nipotech Veículos, no Bairro Castelo, também na região da Pampulha, aceitou no ano passado a primeira transação com bitcoins no pagamento de serviços de conserto de um carro na oficina pelo valor de 0,26 bitcoins ou cerca de R$ 400 à época.


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