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Estado de Minas

Petrobras sem importações a partir de 2020

Presidente da estatal cravou previsão nessa quarta-feira, em conferência com investidores


postado em 27/02/2014 06:00 / atualizado em 27/02/2014 07:03

São Paulo – O Brasil deverá atingir a autossuficiência na produção de derivados de petróleo em 2020, estimou ontem a presidente da Petrobras. As importações de combustíveis, necessárias para cobrir o atual déficit de produção, a preços mais altos que os de venda no mercado interno, têm reduzido as margens de lucro da companhia nos últimos anos. "O mercado de derivados no Brasil foi o que mais cresceu no mundo", disse a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, em conferência com investidores, comentando a força do consumo no país.

O Brasil deverá processar aproximadamente 3 milhões de barris por dia em 2020, contra cerca de 2 milhões de barris em 2013, segundo gráfico apresentado pela empresa em seu Plano Estratégico 2030. Até o final de 2016, a Petrobras pretende aumentar em 195 mil barris por dia a capacidade de produção de diesel, querosene e gasolina em seu parque de refino, por meio de um programa de aumento da capacidade e eficiência das unidades. No período, a empresa também deverá colocar em operação a refinaria Rnest, em Pernambuco, e parte do Comperj, no Rio de Janeiro.

A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 6,281 bilhões no quarto trimestre de 2013, resultado que ficou acima das estimativas do mercado, beneficiado pelo aumento dos preços dos combustíveis no Brasil. Mas, apesar dos reajustes dos combustíveis, a empresa continuou apresentando prejuízo na divisão de Abastecimento, uma vez que segue vendendo combustíveis no mercado interno a preços menores do que os de compra no exterior.

No quatro trimestre, as perdas líquidas da divisão foram de R$ 5,46 bilhões, ante R$ 5,65 bilhões no mesmo período do ano anterior. O prejuízo em abastecimento em 2013 caiu para R$ 17,76 bilhões, contra R$ 22,9 bilhões em 2012.

INCORPORAÇÃO

O Conselho de Administração da Petrobras aprovou ontem as propostas de incorporação de suas subsidiárias integrais Termoaçu, da Termoceará e da Companhia Locadora de Equipamentos Petrolíferos (CLEP). "A incorporação dessas empresas visa simplificar a estrutura societária da companhia, minimizar custos e capturar sinergias", disse a empresa em fato relevante. A Petrobras acrescentou que, por se tratar de incorporações de subsidiárias integrais, não haverá aumento de capital na Petrobras, nem a emissão de novas ações.

A empresa deverá investir menos em 2015 do que em 2014, segundo Graça Foster, que não deu detalhes numéricos ao comentar, com investidores, o plano de investimento quinquenal atualizado na véspera. A Petrobras enxugou em 6,8% seu robusto plano de negócios para o período de cinco anos, com previsão de investimentos de US$ 220,6 bilhões de dólares entre 2014 e 2018, na comparação com o programa anterior. Mais cedo, a empresa informou que prevê investimentos de R$ 94,6 bilhões em 2014, uma redução de 9% ante 2013.

AÇÕES


As explicações da diretoria da Petrobras sobre os resultados do balanço financeiro de 2013 e o plano de investimentos de 2014 a 2018 não empolgaram os investidores. A falta de um cronograma de reajuste nos preços dos combustíveis frustrou novamente o mercado e os papéis da companhia desabaram. As ações preferenciais (sem direito a voto) da petrolífera fecharam ontem com um tombo de 3,52%, cotadas a R$ 13,68, o menor valor desde novembro de 2005, dada a piora da confiança na companhia. No acumulado do ano, a desvalorização está perto de 20%. Dada a forte queda nos papéis da Petrobras, a Bolsa de Valores de São Paulo (BM&Fbovespa) recuou 0,3%, a 46.574 pontos.


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