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Estado de Minas

Cinemas se transformaram em âncoras para os shoppings

Eles conseguem aumentar a receita de lojistas em até 30%


postado em 01/12/2013 06:00 / atualizado em 01/12/2013 07:13

Se para a população que vive em municípios de menor porte do país os cinemas ainda não passam de um distante sonho de lazer, nos shopping centers instalados nos grandes centros urbanos ele é cada vez mais importante como âncora para o tráfego de pessoas e para movimentar as praças de alimentação. É por isso que os donos dos restaurantes instalados ali veem nas salas de exibição um forte fator de alavancagem do faturamento. É o caso do empresário Ronaldo Macedo, sócio do Boi Lourdes Plaza, instalado no Shopping Plaza Anchieta, na Região Centro-Sul de BH.

Ele conta que, quando fizeram o investimento, todos os lojistas do centro de compras esperavam a instalação de três ou quatro salas de cinema no local, mas elas ainda não chegaram. “As salas são um chamariz para as vendas. São importantes porque trazem visitantes. Estamos esperando a instalação dos cinemas aqui. Isso aumentaria o nosso faturamento entre 20% e 30%”, acredita. Adriana Gribbel, vice-presidente da Tenco Shopping Center, especializada em desenvolvimento e administração desses centros de compras, afirma que o trabalho para levar o cinema ao Plaza Anchieta está sendo feito e que a negociação pode ser fechada ainda este ano.

Wanderley Cruz, superintendente do Betim Shopping, explica que o empreendimento, fundado há 15 anos, conta com três salas de cinema e que elas entraram em funcionamento um pouco depois da inauguração do centro de compras. “Há oito anos, o cinema era apenas um complemento do mix. Hoje, dependendo do filme, é lotação na certa.”

Apesar do sucesso nas cidades grandes, a falta de salas de exibição trava o crescimento da indústria cinematográfica brasileira. Para Pedro Olivotto, diretor do Belas Artes, o único cinema de rua da capital mineira, o cinema é essencialmente social. “No interior, as salas desapareceram, perdendo espaço para a TV aberta, TV a cabo, DVDs. A situação piora com a ausência de políticas públicas para incentivar a construção de salas de exibição.

De acordo com ele, a política cinematográfica no Brasil é muito bem articulada na área da produção, mas no campo da exibição só agora começa a ser articulada. Segundo Olivotto, nos EUA a maior fonte de arrecadação são a indústria de armamento e aviação, num número que é conjunto. “Se você separa esses dois segmentos, a primeira fonte de arrecadação da maior economia do planeta é o cinema”, diz.

No Belas Artes, ele diz que vive uma situação de dicotomia. “Temos o privilégio de ser o único cinema de rua e de repertório de BH, mas nossa responsabilidade aumentou muito porque são apenas três salas e isso dificulta o escoamento dos lançamentos. Tenho planos e um esforço grande para expandir”, avisa.


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