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Estado de Minas

Mais gente está atrás de emprego na capital

Índice que mede o número de desocupados na região metropolitana passou de 6,9% para 7,2% no mês passado


postado em 31/10/2013 06:00 / atualizado em 31/10/2013 07:25

"O mercado está aquecido e sempre tem vaga. O que pode dificultar é que a concorrência está acirrada", disse André Domingues Santos, técnico em enfermagem, que está em busca de recolocação (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)
A taxa de desemprego na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) saiu de 6,9% em agosto para 7,2% em setembro, um aumento de 0,3 ponto percentual. Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e Fundação João Pinheiro (FJP). Segundo o coordenador da PED e técnico da FJP, Plínio Campos, o aumento da taxa reflete a entrada de maior número de pessoas no mercado de trabalho da Grande BH, 19 mil. Em contrapartida, foram geradas apenas 11 mil vagas. “As maiores taxas indicam que as vagas geradas não são suficientes para atender a parcela que está chegando ao mercado”, explica.

Apesar da alta, o índice de desemprego da RMBH foi o segundo menor do país, atrás apenas de Porto Alegre, que registrou queda, passando de 6,5% para 6,2%. No Brasil, a taxa ficou em 10,3%, inferior aos 10,6% registrados em agosto. No conjunto das sete regiões metropolitanas onde a pesquisa é feita houve crescimento também no Recife, passando de 14,2% para 14,5%; e redução em Salvador (18,2% para 17,8%), São Paulo (10,4% para 10%), no Distrito Federal (12,3% para 12%) e Fortaleza (7,9% para 7,7%).

O técnico em enfermagem André Domingues Santos faz parte da parcela de desempregados da Grande BH. Há uma semana ele foi dispensado do trabalho e procura uma nova colocação. Ele acredita que não será difícil conseguir um novo emprego e conta que já fez duas entrevistas nesta semana. “O mercado está aquecido e sempre tem vaga. O que pode dificultar é que a concorrência está acirrada e as pessoas que disputam o cargo estão cada vez mais qualificadas”, completa.

Mais qualificação


O pensamento de André Santos é confirmado pela pesquisa, que aponta ainda a taxa de desemprego aberto, relativamente estável ao passar de 6,3% para 6,4%. Já o trabalho oculto, de pessoas que realizam de forma irregular algum serviço, não chega nem a 1%. “O trabalho precário praticamente desapareceu, tanto que não conseguimos nem mensurar. As pessoas estão mais qualificadas e não querem ocupar qualquer vaga”, explica Plínio Campos. O nível de ocupação na RMBH também apresentou uma ligeira alta, de 0,5%, na comparação com agosto. O setor que mais que mais abriu postos de trabalho foi o comércio e reparação de veículos, com alta de 3,7% nas vagas abertas.

Os empregos temporários do comércio em geral, gerados no fim de ano por causa das tradicionais festas, devem aquecer o mercadode trabalho em novembro e dezembro. A expectativa para os próximos dois meses é de que a taxa de desemprego seja menor, tendo em vista a oferta de um número maior dessas vagas temporárias. “Apesar disso, ainda fecharemos o ano com uma taxa maior que a de 2012, de 5,1%, já que foi a melhor da série histórica iniciada em 1996”, explica Plínio Campos. Ele ainda comenta que mesmo não apresentando alta, o índice não preocupa. “Estamos bem, considerando que não deixamos de gerar vagas. Em setembro de 2003, nosso índice de desemprego era de 20,9%, quase o triplo do nível atual.”


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