
Assim como qualquer cidadão, os LGBTs buscam atendimento de qualidade e uma combinação de boa comida, bebida e música. E estão dispostos a pagar por isso. No Distrito Federal, o perfil destes consumidores demonstra alto poder aquisitivo, segundo mostra pesquisa feita no ano passado pelo Grupo LGBT de Brasília e pela Secretaria de Cultura do Distrito Federal. Dos 600 entrevistados, 70% pertencem às classes A e B.
O subgerente de empresa Ataíde Simplício Vieira Júnior, 24 anos, costuma ir a eventos de house em boates e festas, de sexta-feira a domingo. Ele considera que a cidade tem proporcionado mais opções de saída GLS. “Comecei a sair há seis anos e vejo que agora há bem mais lugares para ir”, avalia. Ele diz perceber uma maior presença de casais heterossexuais em ambientes antes restritos ao público gay. “Acho que as pessoas estão aceitando melhor a interação. Sei até de casais que preferem a balada GLS por serem mais tranquilas e mais baratas.”
Segmento LGBT é assíduo em cinemas, festas e shows, mas reclama do preço
A diversão é uma das prioridades dos integrantes da comunidade homossexual, conforme comprovou pesquisa feita pelo Grupo LGBT de Brasília e pela Secretaria de Cultura do DF no segundo semestre de 2012 e divulgada em novembro do ano passado. À época do levantamento, foram ouvidas 600 pessoas, nas quais 59,7% se identificaram como gays. Isso representa, em números absolutos, 358 indivíduos. A porcentagem de lésbicas correspondeu a 29,2% (175). Aquelas que se assumiram bissexuais femininas são 5,5% (33). Os assumidos bissexuais masculinos também representam 5,5%. As travestis totalizam 0,8% ou cinco pessoas. Entre os transgêneros, a fatia corresponde a 0,5% (3). Uma pessoa se reconheceu transexual para o levantamento.
Questionados sobre cinema, 23,3% dos participantes afirmaram que assistiram a filmes duas ou três vezes naquele trimestre. Além disso, 12,3% prestigiou algum lançamento cinematográfico por quatro ou cinco vezes no período avaliado. Quando perguntados da frequência com que foram a shows, os números demonstram boa assiduidade. Dos entrevistados, 23,7% informaram que haviam visto apresentações musicais duas ou três vezes, o que totaliza 142 pessoas.
Apesar de o estudo indicar um bom mercado consumidor de entretenimento, a bacharel em direito Gabriela Moreira, 28 anos, acredita que faltam opções de balada na capital. Além disso, ela avalia que a diversão custa caro na capital federal. “Se você vai na Republika, uma das festas mais concorridas, gastará pelo menos R$ 400. Já para ir a um barzinho, durante a semana, a despesa não fica por menos de R$ 150”, reclama.
