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Estado de Minas

Greenpeace encontra produtos químicos perigosos em roupas de 20 principais marcas de moda


postado em 28/11/2012 08:48 / atualizado em 28/11/2012 09:18

O relatório investigativo do Greenpeace Internacional, “Os fios tóxicos - o grande remendo da indústria da moda”, publicado na última semana, alerta para a presença de produtos químicos perigosos em roupas de 20 principais marcas de moda do mundo. De acordo com o documento, que abrange testes de 141 itens de vestuário e faz parte da Campanha de Detox, as peças são contaminadas com produtos químicos que ao entrar em contato com água se fracionam e formam substâncias que alteram a forma como os hormônios naturais atuam no corpo humano. Foram encontrados ainda vestígios de substâncias químicas cancerígenas.

Todas as marcas analisadas tiveram diversos itens contendo nonilfenóis (NPs), químicos que se quebram em outras substâncias e alteram a forma como os hormônios atuam no corpo. As maiores concentrações - acima de 1000 partes por milhão - foram encontradas em itens de vestuário da Zara, Metersbonwe, Levi’s, C&A, Mango, Calvin Klein, Jack&Jones e Marks&Spencer. Segundo Yifang Li, Campaigner Sênior de Tóxicos, do Greenpeace Asia, “as principais marcas de moda estão transformando todos em vítimas da moda, nos vendendo roupas que contêm produtos químicos perigosos que contribuem para a poluição tóxica da água em todo o mundo”, disse.


Outros químicos identificados incluíam elevados níveis de ftalatos tóxicos em quatro dos produtos e os traços de uma amina cancerígena proveniente da utilização de alguns corantes azóicos, em dois produtos de Zara. A presença de outros tipos de produtos químicos industriais potencialmente perigosos foram encontrados em muitos dos itens testados. “Como a maior varejista de roupas do mundo, a Zara precisa assumir a liderança e tomar medidas urgentes, ambiciosas e transparentes para limpar e desintoxicar suas roupas e sua cadeia de fornecedores”, afirma Martin Hojsik, Coordenador da Campanha de Detox, do Greenpeace Internacional.

Os itens testados foram fabricados principalmente no hemisfério sul, e incluíam calças jeans, calças, camisetas, vestidos e roupas íntimas. As peças foram projetadas para homens, mulheres e crianças e feitas a partir de fibras artificiais e naturais. Os produtos químicos perigosos estão incorporados nestes materiais ou são deixados como resíduos indesejados que restaram do processo de fabricação.

O Greenpeace exige que as marcas de moda se comprometam a parar de poluir com produtos químicos até 2020. Algumas delas, como a H&M e a Marks&Spencer, já o fizeram e exigem que seus fornecedores divulguem todas as substâncias químicas que suas instalações fabris lançam no ambiente.

Zara notificada por trabalho escravo

Em novembro do ano passado, o Ministério Público do Trabalho (MPT) notificou a Zara pela prática de trabalho escravo. O MPT buscava regularizar a cadeia produtiva da grife espanhola e reparar os danos causados aos trabalhadores flagrados em regime de trabalho semelhante ao escravo em São Paulo.

Em junho de 2011, as investigações do MPT e dos fiscais do Ministério do Trabalho descobriram 51 trabalhadores (46 bolivianos) em condições degradantes em uma confecção da empresa em Americana, interior paulista. No mês seguinte, foram encontrados 14 trabalhadores bolivianos e um peruano em situação análoga à escravidão em duas confecções na cidade de São Paulo.

Ao prestarem esclarecimentos em audiência na Assembleia Legislativa de São Paulo, os representantes da marca, Enrique Huerta Gonzales e Jesus Echeverria, alegaram desconhecer que funcionários trabalhavam em regime escravo em confecções contratadas pela marca.

Com GreenPeace


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