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Estado de Minas

Turbulência reduz superávit mineiro

Saldo da balança comercial cai 15,5% no trimestre com crescimento menor na China e nos países da Europa


postado em 05/04/2012 08:00

A China espirra crescimento menor que o esperado e o saldo da balança comercial mineira, diferença entre exportações e importações, sente os primeiros sintomas de gripe. Os números divulgados ontem pela Central Exportaminas indicam que o primeiro trimestre deste ano teve saldo 15,5% inferior ao registrado em igual período no ano passado. Embora continuemos no superávit (US$ 4,9 bi contra US$ 5,8 bi dos primeiros meses de 2011), a queda é efeito da crise internacional que fez o gigante asiático revisar seu crescimento para 7,5%. O levantamento é baseado nos números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

“Quando o mundo indica crescimento menor que o verificado anteriormente e o real se mantém valorizado, a consequência é que as exportações cresçam menos e as importações se mantenham ou aumentem, reduzindo o saldo”, explica Márcio Salvato, coordenador de economia do Ibmec. O mapeamento indicou que em março as exportações mineiras atingiram US$ 2,8 bi, retração de 9% com os valores do mesmo mês no ano passado. As importações, enquanto isso, cresceram 5%, chegando a US$ 964 milhões.

Segundo Ivan Barbosa Netto, diretor da Central Exportaminas, o dinamismo do mercado internacional, com foco na revisão do crescimento chinês é o que explica, em grande parte, o resultado. Em março, a China voltou à posição de principal parceiro comercial de Minas, comprando US$ 904 milhões de tudo que exportamos – corresponde a 35%. “Mas não foi só isso. Podemos destacar a queda de 25% nas exportações de automóveis para a Argentina, além da questão do câmbio”, diz. De acordo com Netto, as medidas do Banco Central no sentido de conter a valorização do real serão sentidas de agora para a frente.

Na avaliação do diretor da Central Exportaminas, ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, podem ser encaradas como oportunidade as dificuldades que virão da desvalorização do minério de ferro no mercado internacional a partir da redução do apetite chinês. “Mas é justamente no comércio de alimentos que podemos nos destacar. A volta da China ao topo da nossa lista de compradores veio principalmente com a partição da soja”, destaca Netto.

Em maio, comitiva da Central participará de uma das maiores feiras internacionais do mercado de alimentos do planeta, a Sial, em Shangai. “Vamos constatar exatamente o que podemos esperar da China no futuro”. No primeiro trimestre de 2012 a central de atendimento ao exportador mineiro respondeu a 188 consultas de empresas mineiras exportadoras e com potencial exportador. Os municípios que mais demandaram consultas foram Belo Horizonte, Contagem, Betim, Patos de Minas, Viçosa, Uberaba, Uberlândia e Divinópolis.


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