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Estado de Minas

Banco do Japão amplia flexibilidade monetária para apoiar atividade


postado em 14/02/2012 16:54

O Banco do Japão (BoJ, central) anunciou nesta terça-feira a ampliação do dispositivo de flexibilização de sua política monetária com a compra de títulos do Tesouro por 10 trilhões de ienes (130 bilhões de dólares).

O comitê de política monetária do Banco do Japão, reunido durante dois dias, decidiu ampliar em 10 trilhões de ienes (130 bilhões de dólares, 100 bilhões de euros) seu programa de compra de bônus do Tesouro.

Com esta decisão, o instituto emissor eleva para 65 trilhões de ienes o montante total disponível para comprar bônus estatais, obrigações de empresas e outros títulos financeiros, e emitir empréstimos a uma taxa preferencial.

Este dispositivo busca inundar o mercado financeiro de liquidez, para que os bancos concedam mais créditos aos particulares e às empresas e assim estimulem o consumo, os investimentos e o conjunto da atividade.

Na mesma linha, a entidade anunciou a manutenção da sua taxa básica de juros entre 0,0% e 0,1%, por decisão unânime dos nove membros do comitê de política monetária. A economia japonesa apresentou contração de 0,9% em 2011, em um ano marcado por catástrofes naturais, alta do iene e pela deterioração do crescimento mundial. O governo japonês, no entanto, projeta recuperação para 2012.

Com essa contração de seu Produto Interno Bruto (PIB), a terceira potência econômica mundial registrou mais um ano de recessão, após as quedas registradas em plena crise financeira internacional em 2008 (-1%) e em 2009 (-5,5%).


A recessão apresentou uma pausa em 2010 (crescimento de 4,4%), apesar de que ao final desse exercício houve uma desaceleração do consumo. O esboço de alta, no entanto, foi brutalmente cortado pelo sismo e pelo tsunami de 11 de março de 2011, que afetou a produção industrial durante meses.

A catástrofe deixou 19.000 mortos na zona de Tohoku (nordeste) e desencadeou um acidente nuclear na central de Fukushima Daiichi. As redes de abastecimento também foram interrompidas, afetando em particular a produção de automóveis e de materiais eletrônicos. A produção dos fabricantes de automóveis e de eletrônicos caiu na primavera, precipitando o Japão para a recessão.

Um programa permitiu voltar a por em marcha esses setores estratégicos e retomar a trajetória do crescimento durante o verão, mas outros fatores inibiram esse impulso. No último trimestre de 2011, a contração do PIB japonês foi de 2,3% com relação ao mesmo período de 2010.


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