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Estado de Minas

Crise financeira deixa siderurgia em alerta

Negócios do grupo Gerdau crescem ancorados na demanda da construção civil, a despeito da turbulência no mundo


postado em 11/11/2011 06:00 / atualizado em 11/11/2011 06:38

As encomendas de aço da construção civil e de grandes projetos de infraestrutura em andamento no Brasil, incluindo as obras de reforma de estádios de futebol para receber jogos da Copa do Mundo de 2014, garantiram aumento de 10% das vendas do grupo siderúrgico Gerdau, de Porto Alegre, no terceiro trimestre, frente ao mesmo período de 2010. A produção do conglomerado, que é um dos maiores fornecedores de aços longos das Américas, com unidades fabris em 14 paises, também teve expressiva elevação, de 14%, conforme o balanço divulgado nessa quinta-feira pela companhia. Os números demonstram que a crise financeira na Europa e nos Estados Unidos ainda não respingou sobre os resultados, destacou o presidente da Gerdau, André Gerdau Johannpeter. Até o momento, o único sinal de retração, segundo o empresário, foi dado pela redução do crescimento dos pedidos da indústria de transformação.

A produção da companhia alcançou 5 milhões de toneladas de julho a setembro, as vendas físicas somaram 4,8 milhões de toneladas e a receita líquida chegou a R$ 9 bilhões, incremento de 9% ante o terceiro trimestre de 2010. O grupo apurou lucro líquido de R$ 713 milhões, cifra 17% maior na comparação, refletindo medidas para reduzir as despesas financeiras e efeitos do câmbio.

“As perspectivas mostram crescimento da demanda para 2012. Mesmo assim seguimos cautelosos em relação ao cenário mundial de incertezas em toda a Europa, à situação nos Estados Unidos e nos países em desenvolvimento que tomam medidas para segurar a inflação e causam uma certa redução do consumo”, disse André Gerdau. A retração que outras empresas do setor, a exemplo da ArcelorMittal e da Usiminas, já observam, de acordo com o presidente do grupo Gerdau, só foi percebida no crescimento menor da demanda de aço do setor industrial.

A construção residencial continua forte, assim como o fornecimento à obras de infraestrutura, embora estas últimas não estejam saindo do papel na velocidade que a empresa esperava. A Gerdau é fornecedora de aços para as reformas de oito dos 12 estádios brasileiros em preparação para a Copa de 2014, para aeroportos e estradas. “Nossos investimentos estão mantidos, mas, claro, com uma certa cautela no cronograma. Se houver piora do cenário da economia, vamos rever”, afirmou André Gerdau.

A companhia aplicou R$ 616 milhões no terceiro trimestre, dos quais 79% no Brasil. Entre os principais projetos estão a instalação de laminadores de aços planos e ampliação da produção própria de minério de ferro na Gerdau Açominas, de Ouro Branco, na Região Central de Minas Gerais. O presidente do grupo afirmou, ainda, que deverá ser concluído em dezembro o plano de negócios que a Gerdau está estudando com o objetivo de buscar um sócio para atuar na área de mineração.

Férias na Aperam

A siderúrgica Aperam South America (antiga Acesita), de Timóteo, no Vale do Aço mineiro, informou ter antecipação as férias de um grupo de empregados das áreas de aciaria e laminação a frio da usina mineira para ajustar sua produção à queda da demanda de aços inoxidáveis no mercado brasileiro e no exterior. As férias variaram de 10 a 15 dias no mês passado e os empregados já retornaram ao trabalho. Em nota, a Aperam informou que não há nova previsão de antecipação de férias.


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