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Estado de Minas

Vilma incorpora as Massas Ramacrisna

Empresa de alimentos de Contagem vai levar maquinário e os 15 funcionários da ONG para dentro de suas instalações


postado em 16/09/2011 06:00 / atualizado em 16/09/2011 07:27

Vilma Alimentos confirmou que está assumindo a produção de massas caseiras da ONG já a partir deste mês. Na foto, a antiga fachada da fábrica(foto: Leandro Dias/Diovulgacao)
Vilma Alimentos confirmou que está assumindo a produção de massas caseiras da ONG já a partir deste mês. Na foto, a antiga fachada da fábrica (foto: Leandro Dias/Diovulgacao)

As massas caseiras da Missão Ramacrisna, Organização não-governamental (ONG) que atua em Betim há 52, passarão a ser produzidas dentro da moderna fábrica da Vilma Alimentos, em Contagem. A negociação não envolveu valores. O presidente da Ramacrisna, Américo Amarante Neto, classificou a incorporação como “uma parceria para o futuro”. Nessa quinta-feira, mesmo todo o maquinário, doado há 35 anos para a instituição social, foi removido do galpão e transferido para a fábrica da Vilma. E os 15 funcionários da ONG já começaram a ser contatados para serem transferidos para o quadro de empregados formais da indústria de alimentos.

A Vilma Alimentos confirmou que está assumindo a produção de massas caseiras da ONG já a partir deste mês. A transferência de maquinários e funcionários, segundo a empresa, tem o objetivo de otimizar e ampliar a produção caseira de massas, que hoje gira em torno de 24 toneladas por mês. Segundo o vice-presidente da empresa, Cézar Tavares, a mudança é apenas por uma questão de logística e não haverá nenhuma alteração na qualidade do produto ou da marca Ramacrisna. Ainda de acordo com ele, está é uma forma de incorporar, administrar e manter a qualidade da produção de massas artesanais, uma vez que a Ramacrisna já era parceira da linha de produtos caseiros da Vilma. “Não será feito nenhum investimento novo. A Vilma já era parceira da ONG há mais de 20 anos. Já investimos muito na instituição, agora, só estamos otimizando a produção para manter a qualidade dos produtos.”

A proposta, segundo Américo Neto, é de que a fusão do know-how em produção de massas caseiras da Ramacrisna com a praticidade da fábrica da Vilma possa garantir que a marca continue de maneira mais produtiva. “Nós fizemos uma parceria com uma outra grande empresa, que é a Vilma Alimentos, no sentido da produção ser otimizada no setor de alimentos. É uma parceria muito interessante com a Ramacrisna, porque os funcionários serão transferidos, então os mesmo que trabalhavam aqui irão trabalhar lá, a marca continua no mercado e é nossa, não foi vendida”, comenta. “Os recursos, oriundos da lucratividade dessa fábrica vão continuar sustentando a parte social da Missão Ramacrisna”, destaca.

Razões diversas

Além da otimização da produção com a transferência para a fábrica da Vilma, Américo Neto acrescenta que o local atual onde o maquinário da Ramacrisna está instalado não atende exigências sanitárias e estratégicas. “O galpão é antigo. Com as exigências da vigilância sanitária esse galpão teria que ser readaptado de várias formas para continuar funcionando como fábrica. Já a Vilma conta com uma construção nova, completamente adaptada e adequada para o funcionamento de uma fábrica de massas. Esse também foi um dos motivos da decisão pela parceria”, afirma. A redução dos custos com logística e distribuição poderão, ainda, melhorar a lucratividade dos produtos Ramacrisna.

Os 14 empregados da Ramacrisna e um gerente de produção receberam a notícia da parceria e da mudança do endereço de trabalho com surpresa. Gilberto Alves Moreira é funcionário da fábrica de massas caseiras há 14 anos e foi surpreendido: “Tem muito tempo que a gente trabalha aqui, então dá um baque na hora. A gente não imagina”. Ele confirma que a Vilma está em contato com os funcionários para acertar questões trabalhistas. E confessa que está preocupado com o transporte para a “nova fábrica”. “Se colocarem uma van para o pessoal vai ficar melhor”, pondera. Ele diz que todos moram nas redondezas da Ramacrisna e teriam que pegar muitos ônibus para chegar a Contagem.


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